Acadêmico do IFMS de Três Lagoas ganha prêmio nacional com pesquisa sobre marca coletiva indígena

O Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS) foi destaque nacional ao conquistar o prêmio de melhor trabalho da sessão oral “Marcas, Indicações Geográficas e Estudos Bibliométricos”, realizada em 14 de agosto de 2025, durante o XV ProspeCT&I e IX Congresso Internacional do Mestrado Profissional em Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação (PROFNIT), sediado em Brasília/DF, entre os dias 11 e 14 de agosto.

Ao todo, foram apresentados 40 trabalhos de diversas regiões do país, abrangendo áreas como Direito, Administração, Economia,  Engenharia, Sociologia, Antropologia e Comunicação.

O reconhecimento foi concedido ao artigo do acadêmico Germano Coelho Ramos Rocha da Silva, do Mestrado Profissional em Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para a Inovação (PROFNIT/IFMS). O trabalho, intitulado “Marca coletiva como mecanismo de proteção jurídica do conhecimento tradicional: o artesanato terena na Aldeia Urbana Marçal de Souza, Campo Grande/MS”, foi orientado pelo Dr. Guilherme Botega Torsoni, com coautoria deste,  da Mestra Clarissa Gomes Pinheiro de Sá e do advogado Delso Silva Neves.

A pesquisa já havia sido premiada em maio deste ano pelo Ministério dos Povos Indígenas, que destinou à comunidade Marçal de Souza o valor de cem mil reais, a ser investido na criação de um Instituto Indígena, registro da marca coletiva Terena e no desenvolvimento de uma tecnologia social voltada à valorização cultural, com apoio de convênio firmado com o IFMS.

Os resultados serão replicados em outras aldeias e comunidades por meio de um sistema inspirado no modelo de franchising, promovendo a transferência de conhecimento e práticas jurídicas em rede, além da criação de uma plataforma de e-commerce desenvolvida em parceria com o Instituto Federal para os produtos artesanais indígenas.

A delegação do IFMS contou com apoio financeiro e institucional do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, por meio da SEMADESC-MS (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), o que resultou em premiações em outras categorias, com trabalhos de grande excelência que reforçam o protagonismo científico e tecnológico do Estado.