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Após feminicídio de Vanessa Ricarte, força-tarefa revisará 6 mil boletins de ocorrência na Deam para agilizar investigações

Foto: reprodução
Da redação
23/2/2025
às
7:40

Uma força-tarefa formada por 20 profissionais da Polícia Civil foi criada para revisar cerca de seis mil boletins de ocorrência registrados na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) de Campo Grande. Esses casos, que não resultaram em procedimentos investigativos ou ainda possuem pendências, serão reanalisados para garantir maior agilidade no atendimento às vítimas de violência doméstica e familiar.

A ação ocorre após a repercussão do feminicídio da jornalista Vanessa Ricarte, ocorrido na última semana. Relembre aqui.

A equipe tem 90 dias para concluir a revisão, podendo prorrogar o prazo caso necessário. O trabalho será realizado na Academia da Polícia Civil e tem como objetivo identificar falhas, agilizar a tramitação dos processos e propor melhorias no atendimento da delegacia.

O grupo verificará boletins de ocorrência de casos que ficaram sem desdobramento por diferentes razões, como a dificuldade em localizar vítimas e agressores, desistência da representação ou falta de provas. Além disso, será avaliada a possibilidade de retomar investigações paralisadas e aprimorar os procedimentos da Deam.

Segundo o delegado-geral da Polícia Civil, Lupérsio Degerone, a iniciativa reforça o compromisso da instituição em oferecer um serviço mais eficiente e sensível às vítimas.

“Nosso objetivo é aperfeiçoar os fluxos de trabalho e garantir que cada caso receba a devida atenção, com a celeridade necessária para proteger as mulheres em situação de vulnerabilidade”, destacou, ao Midiamax.

A coordenação da força-tarefa ficará sob responsabilidade do delegado-geral adjunto Márcio Rogério Faria Custódio e da delegada Maria de Lourdes Souza Cano. Entre os membros da equipe técnica estão delegados, escrivães e investigadores experientes, incluindo Wellington de Oliveira, Marcelo Alonso, João Reis Belo e Priscila Rodrigues.

A equipe atuará na análise de cada boletim de ocorrência, verificando casos que possam ser reabertos, aqueles que já prescreveram e os que precisam de complementação. Além disso, o grupo poderá sugerir mudanças nos protocolos da Deam e solicitar apoio técnico e logístico para aprimorar o atendimento às vítimas.

Ao final do período estipulado, será apresentado um relatório com os resultados obtidos e sugestões para otimizar as investigações de crimes contra a mulher. A expectativa é que o trabalho contribua para um atendimento mais eficaz e humanizado, fortalecendo a rede de proteção às vítimas.

Com informações do Midiamax