No último domingo (18), o renomado caricaturista Ique Woitschach, de 62 anos, natural de Mato Grosso do Sul, recebeu um convite especial que promete movimentar sua carreira: a criação de um monumento em homenagem a Silvio Santos no Rio de Janeiro, cidade onde o apresentador nasceu. O projeto, que já está em fase de desenvolvimento, será apresentado ao prefeito Eduardo Paes (PSD) em breve.
"Recebi o convite ontem do governador e já estou trabalhando intensamente no conceito e nos detalhes do projeto, como a estrutura e os custos envolvidos. O prazo é curto, então, estou me dedicando ao máximo para que tudo esteja pronto para a reunião com ele. Ser escolhido para esse trabalho é uma grande honra, tanto por homenagear Silvio Santos quanto por contribuir para o Rio de Janeiro," compartilhou Ique.
Na segunda-feira (19), Ique começou a elaborar uma caricatura digital do icônico apresentador. Ele relembra que já havia desenhado Silvio Santos no final dos anos 90, quando ainda trabalhava com papel, mas agora o desafio é criar uma versão atualizada, rica em detalhes.
"Como caricaturista, meu trabalho vai além do retrato; é sobre captar a essência do personagem. A caricatura permite essa liberdade poética, de exagerar nas características e, ao mesmo tempo, capturar a verdadeira identidade da pessoa. Para Silvio Santos, quero destacar a energia e os gestos das mãos que sempre foram sua marca registrada," explicou Ique.
O projeto do monumento deverá ser grandioso, refletindo a trajetória de Silvio Santos nos palcos do SBT. Ique mencionou que, há algum tempo, chegou a conversar diretamente com Silvio Santos enquanto produzia animatrônicos para a TV Globo. Na ocasião, o apresentador demonstrou interesse em trabalhar com Ique, mas o projeto não foi adiante antes de Silvio se afastar da televisão.
Ique, que nasceu e cresceu em Campo Grande, já é uma figura conhecida no Estado por suas esculturas, como a do poeta Manoel de Barros e a de Zacarias Mourão, em Coxim. Antes de se mudar para o Rio de Janeiro em 1982, ele estudou educação artística na capital sul-mato-grossense.
"Campo Grande é a cidade onde comecei minha jornada como caricaturista, jornalista, escultor e, mais recentemente, como roteirista e empresário de televisão. Meu primeiro emprego foi aos 15 anos no Diário da Serra, e desde então, são quase 50 anos de carreira," concluiu Ique.