Nove cidades de Mato Grosso do Sul estão entre os 10 municípios mais secos do Brasil, com umidade relativa do ar abaixo dos 23%, segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
Liderando o ranking nacional de secura, Jardim, a 236 km de Campo Grande, registrou uma umidade de apenas 18%. Logo atrás, com 19%, aparecem Amambai, Aquidauana, Coxim, Sonora e Barretos (SP).
Nhumirim (região de Corumbá) e Porto Murtinho figuram na lista com uma umidade de 20%, seguidas por Ivinhema e Miranda, ambas com 21%. Fechando a lista das dez cidades mais secas, Barra Bonita (SP) registrou 22% de umidade. Os dados são de sexta-feira (21) e foram divulgados neste sábado (22).
Campo Grande também enfrenta baixa umidade, ocupando a 16ª posição com 23%. Além disso, o Inmet emitiu um alerta para 79 municípios de Mato Grosso do Sul que estão sob alerta amarelo de baixa umidade, com índices variando entre 20% e 30% no período das 12h às 19h deste sábado (22).
Em Jardim e Amambai, portanto, a umidade relativa do ar pode ser comparada aos desertos do Saara e do Atacama, que registram entre 10 e 18% de umidade. Embora não sejam tecnicamente desertos, as condições climáticas nestes municípios brasileiros são severas e preocupantes neste período do ano.
Isso ressalta a gravidade da situação e a necessidade de medidas de precaução para proteger a saúde da população local. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que a umidade relativa do ar esteja entre 60% e 80%. Índices abaixo de 30% são considerados preocupantes e configuram uma situação de alerta, enquanto taxas inferiores a 20% são classificadas como emergenciais.
Com a umidade relativa do ar tão baixa, a população deve tomar precauções para evitar problemas de saúde. Especialistas aconselham a ingestão abundante de líquidos, a evitar atividades físicas intensas durante as horas mais secas e a evitar exposição ao sol nos períodos mais quentes do dia.