A Petrobras deu sinal verde para a retomada das obras da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III (UFN-III) em Três Lagoas. O investimento previsto é de R$ 3,5 bilhões.
A decisão foi oficializada nesta sexta-feira (25) pelo Conselho de Administração da empresa e já havia sido antecipada na semana passada, pelo governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), após encontro na sede da estatal, no Rio de Janeiro.
Segundo comunicado oficial da Petrobras, o projeto foi reavaliado no ano passado como parte da estratégia da empresa para retornar ao segmento de fertilizantes, conforme previsto no Plano Estratégico 2024-2028.
“A unidade estava hibernada desde 2015 e, com a decisão, passa a integrar o portfólio em implantação do plano vigente. Agora, a companhia iniciará os processos de contratação necessários para a retomada das obras”, detalha a nota.
Para a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, o setor de fertilizantes é uma prioridade estratégica, uma vez que a empresa busca reduzir a dependência nacional de importação desses produtos.
“Estamos investindo com base em estudos técnicos e econômicos, para contribuir com a segurança e a oferta interna de fertilizantes no Brasil”, afirma.
William França, diretor de Processos Industriais da Petrobras, destacou a vantagem geográfica da UFN-III.
“A proximidade com os principais mercados consumidores do Centro-Oeste, Sul e Sudeste torna essa unidade essencial para a região e para o país”, ressaltou.
Capacidade e tecnologia de ponta
O projeto da UFN-III prevê uma produção anual de aproximadamente 1,2 milhão de toneladas de ureia e 70 mil toneladas de amônia, produtos essenciais para a agricultura.
Além da localização estratégica, próxima aos principais polos consumidores, a fábrica contará com equipamentos modernos e tecnologias avançadas para maximizar a eficiência e a produtividade, garantindo maior confiabilidade no abastecimento dos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Paraná e São Paulo.
Com a retomada da UFN-III, a Petrobras dá um passo importante para fortalecer sua posição no mercado de fertilizantes e contribuir para a independência do país em um setor vital para a economia nacional.
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