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Com calor intenso, cuidados com alimentos se tornam essenciais para evitar doenças

Foto: reprodução/Shuttertsock
Da redação
30/12/2025
às
7:30

Com a chegada do verão, o calor intenso aumenta os riscos à saúde e vai além da desidratação. As altas temperaturas criam condições ideais para a proliferação de bactérias, vírus e fungos nos alimentos, elevando significativamente os casos de intoxicação alimentar.

Dados do Ministério da Saúde mostram que, entre janeiro e agosto deste ano, cerca de 64 mil pessoas precisaram de atendimento hospitalar após consumir alimentos contaminados — número que corresponde a mais da metade de todos os registros de 2024.

A médica Carolina Albuquerque Arroyo explica que o problema se torna mais comum nessa época justamente pela conservação inadequada dos alimentos. O calor acelera a deterioração e facilita a multiplicação de microrganismos, tanto em refeições feitas fora de casa quanto em alimentos armazenados incorretamente nas residências.

Entre os produtos que exigem atenção redobrada estão aqueles preparados com ovos, maionese e queijos, considerados mais suscetíveis à contaminação. A orientação é mantê-los sempre refrigerados ou congelados e evitar deixá-los expostos à temperatura ambiente.

A intoxicação alimentar, também chamada de gastroenterocolite aguda, costuma ser causada por bactérias como salmonella e estafilococos, além de vírus como o rotavírus. Os sintomas podem surgir rapidamente, em até 30 minutos após o consumo, ou levar até três dias para aparecer.

Diarreia, dores abdominais, náuseas e vômitos estão entre os sinais mais comuns. Em quadros mais graves, pode haver febre e desidratação. Ao notar qualquer um desses sintomas, a recomendação é procurar atendimento médico. Enquanto isso, hidratação, alimentação leve e repouso ajudam na recuperação.

Para reduzir os riscos, especialistas orientam observar a higiene dos locais onde se compra ou consome alimentos, evitar produtos de procedência desconhecida, lavar bem frutas e verduras, manter carnes refrigeradas e nunca recongelar alimentos já descongelados. Irregularidades devem ser denunciadas à Vigilância Sanitária ou aos órgãos de defesa do consumidor.