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Economia forte compensa perda de ICMS e garante estabilidade financeira em Mato Grosso do Sul

Foto: reprodução
Rogério Potinatti
10/12/2025
às
8:10

Mato Grosso do Sul caminha para fechar 2025 entre os três maiores PIBs do Brasil, sustentado por um ritmo econômico que não desacelerou mesmo diante da queda na arrecadação do ICMS do gás boliviano.

Esse avanço — estimado em 5,3% pelo Banco do Brasil — tornou-se decisivo para amortecer o impacto financeiro sentido pelo Estado nos últimos anos.

Com investimentos privados bilionários em andamento, como as plantas de celulose da Arauco e da Bracell, que juntas superam R$ 50 bilhões, o cenário econômico sul-mato-grossense se fortaleceu. A ampliação da infraestrutura logística, impulsionada por projetos como a Rota Bioceânica e a Rota da Celulose, também contribuiu para ampliar competitividade e expandir mercados.

Obras da Arauco em Inocência | Rogério Potinatti

Hoje, o Estado lidera as exportações brasileiras de celulose, ocupa o quarto lugar em carne bovina e o terceiro em etanol, vendido para mais de 30 países. Soja, carne e celulose representam cerca de 70% de tudo o que MS exporta.

Mas o bom desempenho veio acompanhado de desafios. A redução da importação de gás natural — que já chegou a representar um terço do ICMS arrecadado — derrubou receitas e reacendeu alertas no Executivo. Atualmente, o setor responde por apenas 10% do imposto recolhido.

Para evitar desequilíbrio nas contas públicas, o governo adotou em agosto um pacote de contenção de despesas. As medidas incluem cortes na compra de veículos, limitação em horas extras, redução de participação em eventos e revisão geral dos gastos de custeio. A meta é economizar pelo menos 25%.

Segundo o governador Eduardo Riedel, o esforço tem surtido efeito. O ajuste fiscal, afirma ele, é indispensável para que o Estado mantenha capacidade de investimento e atendimento às demandas sociais, priorizando apenas o que é essencial.

A expectativa é que, com o ritmo econômico forte e o controle das despesas, Mato Grosso do Sul encerre o ano com equilíbrio fiscal preservado — e entre os líderes nacionais no crescimento do PIB.