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Energia limpa ganha força nas escolas estaduais e MS se consolida como referência em sustentabilidade

Foto: cedida
Da redação
24/7/2025
às
7:00

Com a instalação de placas solares e a redução expressiva na conta de luz, Mato Grosso do Sul está promovendo uma verdadeira revolução energética nas escolas da Rede Estadual. Um exemplo claro desse avanço está na Escola Estadual Amando de Oliveira, em Campo Grande, que além de completar mais de 50 anos de história, acaba de receber uma estrutura completamente reformada — agora mais moderna, sustentável e econômica.

Ao chegar para mais um dia de trabalho, o diretor da unidade, Henrique Manoel Ramos, se depara com um cenário transformado. O novo visual da escola inclui telhados equipados com painéis solares, gás natural encanado e outras melhorias estruturais. Para ele, a mudança simboliza um novo capítulo. “Recebemos uma estrutura preparada para a realidade atual. As placas solares mostram que há uma preocupação real com economia e sustentabilidade”, afirma.

A unidade localizada na Vila Piratininga faz parte de um conjunto de 40 escolas de 19 municípios que já contam com sistemas de energia fotovoltaica. Só em Campo Grande, 11 instituições foram contempladas pela Secretaria de Estado de Educação (SED). Desde o início da atual gestão, em 2023, quase R$ 5 milhões já foram investidos nas instalações.

Segundo o secretário estadual de Educação, Hélio Daher, o foco é oferecer ambientes modernos e acolhedores, sempre atentos ao uso responsável dos recursos. “Antes, painéis solares eram comuns apenas em escolas rurais. Hoje, também fazem parte da realidade de unidades urbanas, como mais uma medida para garantir economia e responsabilidade ambiental”, pontua.

PPP de energia solar reduz custos em mais de 180 escolas

Além das iniciativas individuais em escolas, o Governo do Estado também aposta em soluções estruturadas. A principal delas é a Parceria Público-Privada (PPP) de energia solar fotovoltaica, gerenciada pela Secretaria Estadual de Administração (SAD), que começou a trazer resultados expressivos para a Rede Estadual de Ensino.

Desde janeiro de 2025, 183 escolas passaram a registrar uma redução média de 40% na conta de energia. Essa economia é possível graças à compensação energética gerada por usinas fotovoltaicas instaladas em cidades como Iguatemi e Mundo Novo. Outras unidades, como as de Nova Andradina, Rochedo e Corguinho, estão em fase de finalização.

Quando todo o sistema estiver em funcionamento, a geração anual de mais de 25 mil MWh será suficiente para abastecer até 1.400 prédios públicos estaduais. A expectativa é atingir até 30% de economia nas contas de luz, liberando recursos para investimentos em outras políticas públicas.

O secretário Frederico Felini, da SAD, destaca que o Estado caminha para uma nova era na gestão pública. “Estamos conectando escolas da Capital e do interior a um sistema que alia economia e sustentabilidade. A previsão é que até o fim do ano, 826 prédios estejam operando com energia limpa. O impacto financeiro é relevante, mas o principal ganho é ambiental”, afirma.

Com essas ações, Mato Grosso do Sul avança em direção à meta de neutralizar suas emissões de carbono até 2030, tornando-se um dos estados mais sustentáveis do país. E as escolas, ao se tornarem centros de eficiência energética, passam a ser também exemplos de consciência ambiental para toda a comunidade.