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Estudo revela reposição insuficiente de água no Aquífero Guarani que abrange MS

Foto: reprodução
Rogério Potinatti
17/10/2024
às
8:40

Um estudo realizado pelo Instituto de Geociências da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Rio Claro revela que a reposição de água no Aquífero Guarani está insuficiente para garantir a manutenção.

A pesquisa busca entender a importância das chuvas na recarga do aquífero, especialmente nas áreas de afloramento. Os estudos mostram que a superexploração do aquífero é contínua e agravada pela mudança na distribuição das chuvas.

O problema preocupa, por exemplo, regiões como Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, onde os primeiros sinais de impacto surgiram nos anos 1990 e o número de poços aumentou significativamente no município que já sofre com a escassez de água.

Ribeirão Preto, SP

Aquífero Guarani

O Aquífero Guarani atende 90 milhões de pessoas, se estendendo em áreas do Sul e Sudeste do Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina. A pesquisa alerta para problemas na reposição do reservatório, com chuvas concentradas nas áreas de recarga que infiltram menos no solo, agravadas pelo aumento da evaporação devido ao aquecimento.

A Agência de Águas do Estado de São Paulo (SP Águas) informou que monitora a recarga do Aquífero Guarani e outros corpos d’água, gerenciando-os de forma integrada para equilibrar demandas e preservação ambiental.

Área de afloramento em MS

A área de afloramento do aquífero mais importante em MS representa cerca de 31.299 km², localizada na região nordeste e parte da sudoeste, abrangendo em quase toda sua extensão a bacia hidrográfica do Alto Taquari.

Entre os municípios mais importantes estão São Gabriel do Oeste, Coxim, Camapuã, Alcinópolis, Pedro Gomes e Sonora. Há outra porção situada a oeste de Campo Grande, que se estende até o Paraguai.

Projeto de lei na ALMS

Em 2017, um Projeto de Lei aprovado na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul prevê sinalização de locais inseridos na Zona de Recarga Direta do Aquífero Guarani em MS.

A proposta, de autoria da ex-deputada Antonieta Amorim (PMDB), sugere uma sinalização nos limites externos, rodovias adjacentes e vias de acesso ao aquífero em todo o Estado.

Na justificativa do projeto, a deputada afirmou que a sinalização pretende formar consciência ambiental, criando instrumentos capazes de diminuir o impacto humano sobre as áreas de recarga, que sofrem de “Vulnerabilidade natural em meio à alta exposição de risco de contaminação do lençol freático e dos lençóis profundos”.