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Fernando Jurado denuncia falta de representatividade política e critica exclusão de Três Lagoas da duplicação da BR-262

Foto: reprodução
Rogério Potinatti
14/5/2025
às
7:40

Apesar de ser o segundo maior PIB de Mato Grosso do Sul e concentrar o maior polo de produção de celulose do mundo, Três Lagoas ficou de fora da duplicação da BR-262, uma das principais obras previstas no pacote da concessão da Rota da Celulose, recém-oficializado pelo Governo do Estado.

A informação foi confirmada pelo vereador Fernando Jurado, que esteve na última semana em Campo Grande para verificar os detalhes do projeto. Segundo ele, a duplicação contemplará apenas o trecho entre Campo Grande e Ribas do Rio Pardo. Para Três Lagoas, estão previstas apenas obras de terceiras faixas e a instalação de praças de pedágio.

“É um alerta preocupante. Nossa cidade tem um papel fundamental na economia do Estado, mas ficou fora de um projeto estruturante”, afirmou Jurado. Para o parlamentar, a ausência de uma representação política atuante na Assembleia Legislativa e no Congresso Nacional tem deixado Três Lagoas em segundo plano em decisões estratégicas.

Falta de voz política afeta diretamente a cidade

O vereador destacou que, enquanto outras regiões do Estado contam com deputados estaduais e federais atuantes, que pressionam por inclusão em grandes projetos, Três Lagoas segue há décadas sem representantes diretos em Brasília e com baixa influência no parlamento estadual.

“É a população que escolhe nas urnas quem vai defender a cidade. E a ausência de representantes comprometidos tem um custo alto. Estamos falando de uma das cidades mais produtivas de Mato Grosso do Sul sendo ignorada em uma obra que envolve R$ 10,1 bilhões em investimentos”, criticou Jurado.

A falta de inclusão de Três Lagoas no trecho duplicado da BR-262 não é apenas um revés político. Para o vereador, trata-se de uma oportunidade perdida de modernizar uma rodovia essencial para a segurança, a logística e o desenvolvimento regional.

“Com tanto tráfego pesado de cargas e pessoas, a duplicação é uma necessidade urgente, e não um luxo.”

Ele também reforçou que o protagonismo econômico da cidade não está sendo revertido em benefícios práticos, e que essa disparidade entre arrecadação e investimentos precisa ser corrigida com mais articulação política e cobrança institucional.