A Azul Linhas Aéreas anunciou nesta segunda-feira (11) que encerrou definitivamente as operações em 14 cidades brasileiras, entre elas Três Lagoas, no leste de Mato Grosso do Sul, conhecida nacionalmente como a capital mundial da celulose.
A medida faz parte de um amplo ajuste na malha aérea da companhia, que enfrenta um processo de recuperação judicial nos Estados Unidos e busca concentrar esforços em rotas consideradas mais estratégicas e rentáveis.
O fim dos voos representa um duro golpe para a economia local e regional, já que Três Lagoas é um polo industrial e logístico que depende de agilidade no transporte de executivos, técnicos e investidores.
Sem a conexão aérea, empresários e profissionais terão de enfrentar longos deslocamentos por rodovias até aeroportos de outras cidades, elevando custos e reduzindo a competitividade da região. Além disso, a ausência de voos diretos pode dificultar a atração de novos investimentos e prejudicar setores como turismo, serviços e eventos corporativos.
A suspensão afeta também o escoamento rápido de demandas ligadas à cadeia produtiva da celulose e de outros setores industriais que operam na cidade e no entorno. A perda de conectividade com grandes centros, como São Paulo e Campo Grande, cria um vácuo logístico que impacta toda a região leste do estado.
Soluções prováveis
Diante do cenário, o prefeito Cassiano Maia anunciou que já iniciou contatos com companhias aéreas como Gol Linhas Aéreas, Voepass e Latam Airlines para tentar viabilizar a retomada de voos regulares no Aeroporto Municipal Plínio Alarcon.
A intenção é oferecer condições competitivas e incentivos que possam atrair empresas dispostas a operar rotas que conectem Três Lagoas a capitais e hubs estratégicos do país.
Maia destacou que a recuperação do transporte aéreo é prioridade absoluta para a gestão, não apenas como um serviço à população, mas como peça-chave para manter o ritmo de crescimento econômico e consolidar a cidade como um dos principais polos industriais do Brasil.
