Com a aproximação do inverno, o Mato Grosso do Sul se prepara para enfrentar a onda de frio mais intensa do ano até o momento. A partir do fim de maio, os termômetros devem despencar em todo o Estado, com previsão de temperaturas que podem chegar a 0°C em algumas regiões e sensação térmica ainda mais baixa.
Segundo especialistas em meteorologia, a queda brusca nas temperaturas será provocada pela chegada de uma frente fria no dia 27 de maio. Além do frio, o sistema trará chuvas volumosas, com possibilidade de tempestades, raios e ventos fortes. O clima gelado se intensifica com a atuação de um sistema de alta pressão atmosférica, responsável por estabilizar o tempo e manter o ar frio sobre a região.
As mínimas previstas para o período entre 29 de maio e 5 de junho variam entre 6°C e 10°C em grande parte do Estado, com chances de marcas próximas a 0°C em áreas tradicionalmente mais frias, especialmente no sul. Em Campo Grande, a previsão é de mínima de 12°C, máxima de 22°C e tempo chuvoso.
Além do impacto na população, o frio extremo também representa risco elevado para a pecuária. A Agência Estadual de Vigilância Sanitária Animal e Vegetal (Iagro) emitiu alerta para os efeitos da hipotermia em bovinos, problema que já causou milhares de mortes em anos anteriores.
Em 2023, foram contabilizados mais de 2.700 bovinos mortos por hipotermia, número que subiu para mais de 3.000 em 2024, afetando produtores de 14 municípios diferentes. Os animais mais vulneráveis são aqueles debilitados ou mal-alimentados, que não conseguem manter a temperatura corporal em condições adversas.
Para evitar novas perdas, a Iagro reforça as seguintes recomendações aos pecuaristas:
- Garantir alimentação suplementar de qualidade, especialmente durante o período seco e em dias de frio intenso;
- Providenciar áreas de abrigo ou proteção contra vento e chuva para o rebanho;
- Manter acompanhamento veterinário frequente;
- Seguir rigorosamente o calendário de vacinação e medidas sanitárias obrigatórias.
Diante do cenário previsto, autoridades pedem atenção redobrada tanto da população quanto do setor agropecuário, para que as baixas temperaturas não tragam prejuízos à saúde e à produção rural.