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Futuro da BR-262 entre Três Lagoas e Campo Grande segue indefinido após leilão sem propostas de concessionárias

Foto: reprodução
Rogério Potinatti
3/12/2024
às
7:20

O projeto de concessão da "Rota da Celulose", iniciativa do Governo de Mato Grosso do Sul para privatizar a gestão de 870 quilômetros de rodovias na região leste do Estado, enfrenta mais um revés.

O trecho da BR-262, que conecta Três Lagoas a Campo Grande, não recebeu propostas no leilão realizado nesta segunda-feira (2), na Bolsa de Valores de São Paulo (B3).

Apesar de um roadshow promovido pelo governo estadual no segundo semestre para atrair investidores, nenhuma empresa apresentou interesse dentro do prazo, encerrado ao meio-dia.

Entre os participantes do evento preparatório estavam gigantes como EcoRodovias, CCR, Way e o grupo internacional Arteris. O fundo global BlackRock também enviou representantes, sinalizando um aparente entusiasmo inicial que, na prática, não se concretizou.

O leilão previa investimentos de cerca de R$ 9 bilhões em um contrato de 30 anos. Desse total, R$ 6 bilhões seriam destinados a melhorias e ampliação de infraestrutura, enquanto R$ 3 bilhões atenderiam às necessidades operacionais.

O pacote de concessão incluía, além do trecho entre Três Lagoas e Campo Grande, partes das rodovias BR-267 e MS-040, com abrangência até Nova Porto XV, no distrito de Bataguassu.

Mesmo com a transferência da responsabilidade pela concessão de trechos das BRs 262 e 267 do governo federal para o estadual, que havia gerado otimismo, o cenário atual revela desafios para viabilizar o projeto.

Sem interessados, o governo agora precisa revisar a estratégia para dar continuidade ao plano, essencial para melhorar a logística em uma região de grande importância econômica e onde o tráfego já ocasiona acidentes e aborrecimentos aos motoristas.