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Governador de MS discutirá Rota da Celulose nesta terça-feira (10) com o governo federal

Foto: reprodução
Da redação
9/12/2024
às
7:50

O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, anunciou que irá discutir, nesta terça-feira (10) com o ministro dos Transportes, Renan Filho, os motivos do desinteresse de investidores no leilão da Rota da Celulose, programa de concessão rodoviária que seria ofertado na B3 (Bolsa de Valores) na sexta-feira (13).

Durante a inauguração da nova fábrica de celulose da Suzano, em Ribas do Rio Pardo, na última semana, Riedel garantiu que o Estado não medirá esforços para reposicionar o projeto e atraí-lo ao mercado até março de 2025.

A alta do dólar e o cenário macroeconômico adverso, com juros elevados e excesso de projetos similares no mercado, foram apontados como as principais razões para a falta de investidores.

Segundo a secretária especial do Escritório de Parcerias Estratégicas (EPE), Eliane Detoni, esses fatores tornaram a prorrogação inevitável. "Houve uma saturação de leilões com quase 5 mil km de rodovias concessionadas e investimentos na ordem de R$ 130 bilhões, o que impactou as decisões", explicou.

Repensando a Rota

O projeto Rota da Celulose prevê a concessão de trechos de cinco rodovias estaduais e federais, somando 870,3 km de extensão, por um período de 30 anos. As estradas conectam as grandes fábricas de celulose do Estado, como as unidades da Suzano e da Eldorado Brasil, e receberão melhorias como duplicações, acostamentos, faixas adicionais, travessias de fauna e passarelas. Além disso, estão previstos serviços de apoio ao usuário, incluindo guinchos, ambulâncias e postos de atendimento.

"Estamos conversando com o mercado e analisando detalhadamente os pontos que precisam ser ajustados para garantir que o projeto seja atrativo e, acima de tudo, adequado para Mato Grosso do Sul", destacou o governador.

A expectativa é de que o programa retorne ao mercado fortalecido, com propostas que atendam tanto aos investidores quanto às necessidades do Estado.

Com o adiamento, Riedel reafirma seu compromisso em transformar a Rota da Celulose em um marco de infraestrutura, garantindo maior competitividade e segurança para a logística do setor de papel e celulose, uma das principais forças econômicas do Mato Grosso do Sul.