Inocência, com pouco mais de 8 mil habitantes, começa a sentir os primeiros impactos da chegada da gigante chilena Arauco. Com investimento de R$ 28 bilhões, a nova fábrica de celulose, batizada como Projeto Sucuriú, já traz grandes mudanças à região.
Uma delas é o novo aeródromo, que receberá sinalização noturna de R$ 3 milhões, com previsão de entrega ainda neste ano.
A licitação foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) com valor estimado em R$ 3.138.037,95 e abertura às 10h do dia 14 de abril. Vale ressaltar que o investimento no aeródromo já soma R$ 15,4 milhões pelo governo de MS. O total de investimentos, portanto, passa da casa de R$ 18 milhões ao Estado.
A estrutura aeroportuária faz parte de um amplo plano estadual de investimentos, estimado em R$ 250 milhões, e contará com pista principal, áreas para taxiamento e estacionamento de aeronaves, além de cercamento operacional.
A chegada da fábrica também impulsionou outros investimentos significativos na cidade. Inocência receberá mais de R$ 52 milhões em melhorias para infraestrutura, saúde e educação, preparando-se para um crescimento populacional que pode até dobrar nos próximos anos.
Atualmente na etapa de terraplanagem, a obra emprega cerca de 2,4 mil pessoas e deve alcançar até 14 mil trabalhadores no pico das atividades. Quando entrar em operação, prevista para o segundo semestre de 2027, a fábrica produzirá 3,5 milhões de toneladas anuais de fibra de eucalipto – 40% mais do que o inicialmente projetado.
Além da produção de celulose, o projeto prevê gerar 400 megawatts de energia elétrica, sendo metade suficiente para abastecer cerca de 800 mil pessoas. Para acomodar os trabalhadores, já foram construídos alojamentos próximos à cidade, que incluirão espaços de lazer e atendimento médico inicial, além de transporte de emergência disponibilizado pela própria Arauco.
Presente em mais de 75 países, com 55 fábricas espalhadas pelas Américas, Europa e África, a Arauco vai transformar a cidade de Inocência em um dos maiores polos de produção de celulose do mundo, elevando sua capacidade global em 67%.
