O superintendente do Patrimônio da União em Mato Grosso do Sul (SPU/MS), Tiago Resende Botelho, se reuniu na segunda-feira (3), em Foz do Iguaçu, com o diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, Enio José Verri, para discutir uma série de ações conjuntas que devem impulsionar o desenvolvimento social e sustentável no Estado.
O encontro resultou no avanço de uma proposta inovadora: a implantação da Escola da Agricultura Familiar e da Agroecologia, que será instalada em áreas urbanas da União em cinco municípios sul-mato-grossenses.
O projeto visa oferecer formação gratuita e prática para trabalhadores rurais sem terra, com foco em técnicas sustentáveis de produção, gestão ambiental e integração com universidades, movimentos sociais e institutos federais. A iniciativa também prevê o uso de áreas públicas ociosas da União como espaços de aprendizado, cultivo e comercialização de produtos agroecológicos.

Segundo Tiago Botelho, a proposta tem um caráter social e transformador.
“Queremos transformar áreas da União em ambientes de capacitação e experimentação. A Escola da Agricultura Familiar será um espaço onde o trabalhador sem terra possa aprender, se qualificar e mostrar seu potencial produtivo. Cada unidade contará com estrutura para cursos rápidos e práticos de horticultura, hidroponia, viveiro de mudas e técnicas agrícolas, abertos à comunidade”, explicou o superintendente.
Botelho destacou ainda que a ação busca aproximar o campo da cidade e desmistificar preconceitos.
“O trabalhador sem terra não é ‘vagabundo’, é alguém que quer produzir e transformar a realidade. Queremos que a população veja de perto a importância de quem luta pela terra e pela produção de alimentos saudáveis”, completou.
Durante o encontro, Enio Verri reafirmou o compromisso da Itaipu com o desenvolvimento regional e social.
“A Itaipu Binacional tem o dever de transformar a energia que produz em desenvolvimento humano. O projeto da Escola da Agricultura Familiar é uma iniciativa que valoriza quem acredita na reforma agrária e na agricultura sustentável. A Itaipu está à disposição para apoiar a execução desse projeto em parceria com a SPU, as universidades e os institutos federais”, afirmou o diretor.
Além da nova escola, a Itaipu já mantém diversos projetos em Mato Grosso do Sul, como a perfuração de poços e construção de casas de reza em aldeias indígenas, a edificação da Casa da Mulher Brasileira em Ponta Porã, além de investimentos em universidades, institutos federais, agricultura familiar e capacitação de servidores municipais em parceria com a Assomasul.
Para Tiago Botelho, a parceria com Itaipu é mais um passo na missão da SPU de transformar o patrimônio público em benefício direto à sociedade.
“Temos buscado abrir as portas da SPU para parcerias que resultem em ações concretas e melhoria da qualidade de vida da população. A união entre SPU, Itaipu e as instituições de ensino é um exemplo de gestão pública eficiente e participativa”, destacou.
Nos próximos meses, deverão ser formalizados convênios entre as instituições envolvidas, consolidando o alinhamento entre o Governo Federal e as demandas regionais de Mato Grosso do Sul. O objetivo é transformar o Estado em referência nacional em agricultura familiar, sustentabilidade e inclusão social.
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