Casa cheia, muita interatividade, troca franca de bastidores e uma certeza coletiva: o mercado digital em Três Lagoas é real, cresce rápido e exige profissionalismo.
Assim foi a edição do Happy de Inovação – Influencers, promovida pelo Ecossistema de Inovação Vale da Celulose, que levou mais de 60 pessoas à cervejaria Via Malte, na noite desta quarta-feira (24).
Ao longo de quase duas horas, os creators Helena Amaral (@nostemosfome), Nicoly Motta (@nycole_mottaaa) e Moisés Colmão (@treslagoei) abriram a caixa-preta da produção de conteúdo local: falaram de perrengues de bastidores, precificação, funil de vendas, relacionamento com marcas, métricas que realmente importam, hacks de engajamento, crescimento orgânico de seguidores e o “humor” dos algoritmos.
A plateia participou intensamente com perguntas e relatos — muitos deles de empreendedores que já investem (ou querem investir) em marketing de influência.
“Se o conteúdo não resolve uma dor real do público, ele vira ruído. Branding é sobre propósito, mas venda é sobre clareza de oferta.”, destacou Helena Amaral, do perfil @nostemosfome.
Para Nicoly Motta, influencer com sete meses de estrada e planos ambiciosos de participar de um dos maiores eventos para influenciadores do Brasil - o Rancho do Carlinhos Maia - o empreendedor que não mede resultado não sabe se está investindo ou gastando. E ela aposta na autenticidade para criar engajamento.
“A autenticidade ainda é a maior moeda do digital — e isso não significa improviso, significa coerência.”
Moisés Colmão, do @treslagoei, foi enfático:
“A gente ainda precisa quebrar a ideia de que criar conteúdo é só fazer vídeo ou postar foto por hobby. Por trás de cada produção tem estudo, estratégia, tempo investido e muita responsabilidade com o público. Mostrar isso de forma clara é fundamental para educar o mercado local, para que as marcas valorizem esse trabalho como valorizam qualquer outro serviço profissional. Criar conteúdo é sim um trabalho sério — e pode gerar muito resultado quando é feito com propósito.”
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“Conteúdo que converte precisa de método, não de sorte”
Para Kuesley Fernandes, integrante do Vale da Celulose, o encontro “foi um divisor de águas para quem ainda via a influência digital como algo improvisado”.
“Saio com a sensação de que conteúdo que converte precisa de método, não de sorte. É preciso estratégia, calendário editorial, métricas e contrato bem feito. O recado dos influencers foi claro: profissionalismo primeiro”, pontuou.
A presidente da AJETL (Associação dos Jovens Empreendedores de Três Lagoas), Vandressa Gomes, reforçou o impacto direto para quem empreende:
“Muitos jovens empresários têm dúvidas sobre quanto investir, como abordar um creator e como medir retorno. Hoje, essas perguntas foram respondidas com exemplos práticos e transparência. É isso que o nosso ecossistema precisa: conteúdo aplicado à realidade local.”
Roberto Moraes, também membro do Vale da Celulose, destacou o efeito rede da noite:
“Foi uma aula prática de como marcas, creators e o ecossistema podem caminhar juntos para escalar resultados. O networking pós-painel mostrou isso: algumas pessoas já sairam daqui com collabs engatilhadas.”
O que mais rendeu no palco
Mercado digital em Três Lagoas
Os três influenciadores foram unânimes: há público, demanda e espaço para crescer — mas a régua do profissionalismo está subindo. Quem trabalha “no feeling” e sem planejamento tende a ficar pelo caminho.
Eventos & perrengues
Histórias de “briefings que nunca chegam”, prazos apertados, contratos frágeis e precificação subestimada pautaram parte das perguntas do público — e renderam dicas de como padronizar propostas, organizar entregas e educar clientes.
Estratégias de divulgação e funil de conversão
Discussão central: criar conteúdo para entreter, educar e vender — com CTA claro, captação de leads, community building e métricas de impacto (alcance, clique, salvamento, tempo de retenção) no lugar de “vaidades de curtidas”.
Como abordar atuais e futuros clientes
Influenciadores e empresários discutiram pitch de valor, provas sociais, media kit com dados confiáveis e a importância de separar “exposição” de “resultado”.
Engajamento & algoritmo
O trio reforçou que consistência, storytelling, nicho bem definido e formatos nativos (Reels, Stories, Lives) ainda são o combo que mais performa — com testagem contínua e leitura de métricas semanais.
Crescimento de seguidores
Nada de fórmula mágica: conteúdo útil, colaborativo (com outros creators) e com participação ativa da audiência (enquetes, perguntas, desafios) segue sendo o caminho mais sustentável.

Impacto imediato (e pedido de bis)
Ao final, o salão virou um hub de negócios espontâneo: troca de contatos, ideias de parcerias, agendamento de collabs e propostas para conteúdos patrocinados. Os organizadores ainda ouviram: “precisamos de mais edições” — com temas como mídia paga, construção de comunidade, legalização de contratos e precificação avançada.
Sobre o Happy de Inovação
O Happy de Inovação é uma iniciativa recorrente do Ecossistema de Inovação Vale da Celulose, pensada para conectar, inspirar e acelerar a maturidade empreendedora e inovadora da Costa Leste de Mato Grosso do Sul.
Nesta edição, o evento teve o apoio do Sebrae/MS, DiangoApp, Via Malte e do Atualiza MS.
Para receber a programação das próximas edições, materiais e as próximas agendas fique atento às redes sociais do Vale da Celulose, do Integra Costa Leste, do Sebrae/MS e do portal Atualiza MS - mídia oficial do ecossistema de inovação local.