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Impunidade: na cadeia, Thiago Brennand faz exigências e briga com lutador em frente a advogados, detentos e funcionários

Foto: reprodução
Da redação
22/7/2024
às
7:00

Thiago Brennand teve passagem conturbada pelo Centro de Detenção Provisória de Pinheiros, na zona oeste de São Paulo. As informações foram divulgadas pelo UOL, que entrevistou quatro pessoas que acompanharam os 13 meses de Brennand no CDP. As identidades foram mantidas em sigilo.

Tido como "muito complicado" e "bipolar" segundo as fontes ouvidas, Brennand exigia comida diferente e tratava mal tanto os funcionários do presídio como os próprios advogados. Ele também se envolveu em uma briga com um praticante de jiu-jitsu.

Brennand ficou um mês na chamada "cela de inclusão", isolado dos outros detentos, quando foi extraditado dos Emirados Árabes para o Brasil, em 3 de maio de 2023.

Um mês depois, foi transferido para a cela 502, onde permaneceu sozinho a maior parte do período. O empresário, detido provisoriamente desde maio de 2023, foi transferido em 26 de junho para a Penitenciária de Tremembé (SP).

Brennand responde a pelo menos sete processos judiciais. As acusações são de crimes como estupro e agressão. Ele já foi condenado em primeira instância em três casos — um deles confirmado em segunda instância —, aos quais recorreu e aguarda novas decisões.

Briga de jiu-jiteiros

As fontes ouvidas pelo UOL afirmaram ainda que Brennand se envolveu em uma briga no CDP no início de junho. O empresário teria discutido com o tricampeão mundial de jiu-jítsu Erberth Mesquita. Brennand também é lutador da modalidade.

Mesquita está preso em São Paulo por suspeita de roubo, ameaça e estupro. Os dois se encontraram no parlatório, onde os detentos recebem a visita dos advogados.

Brennand havia pedido a Mesquita que o cumprimentasse com uma saudação comum na arte marcial. O gesto é considerado uma demonstração de respeito entre atletas. Erberth teria se negado e isso levou à discussão. Brennand teria agredido o lutador com uma cadeira, na frente de seus próprios advogados.

Testemunhas afirmam que detentos e funcionários da unidade precisaram apartar a confusão. A direção do CDP, no entanto, não registrou o episódio nem puniu os envolvidos.

Com informações do UOL