Em uma preocupante escalada, Mato Grosso do Sul confirmou cinco novas mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em apenas uma semana, segundo o boletim divulgado nesta segunda-feira (23) pela Secretaria Estadual de Saúde do Estado (SES).
As vítimas eram dos municípios de Ponta Porã, Dourados, Miranda, São Gabriel do Oeste e Anastácio, elevando o total de óbitos no estado em 2024 para 552.
Dos 552 óbitos, 289 foram por causas identificadas, 255 por SRAG não especificado, e 8 ainda aguardam confirmação do agente causador. Enquanto a capital, Campo Grande, não registrou novos óbitos, os casos de SRAG dispararam, com um aumento de 54 diagnósticos entre a semana 36 e 37.
Campo Grande lidera o ranking de incidências, com 2.759 casos, seguida por Corumbá (455), Ponta Porã (403), Três Lagoas (342) e Dourados (279). Em contrapartida, os menores registros estão em Glória de Dourados e Novo Horizonte do Sul (2 casos cada), enquanto Alcinópolis, Jateí e Juti somam apenas 1 caso cada.
O boletim de SRAG monitora uma variedade de vírus respiratórios, como Rinovírus, Vírus Sincicial Respiratório, Adenovírus, Influenza A H3N2, e SARS-CoV-2. No entanto, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) não divulgou detalhes sobre a idade ou o vírus específico das vítimas mais recentes.
Surto de Influenza atinge idosos e crianças
Além do alerta para SRAG, o último boletim epidemiológico da Influenza, divulgado na quinta-feira (19), trouxe outro dado alarmante: um idoso de 71 anos de Corumbá faleceu devido à Influenza A não subtipada, elevando para 78 o total de mortes pela doença em 2024 no estado. Entre os óbitos, 50 foram causados por Influenza A H3N2, 18 por H1N1 e 9 por Influenza A não subtipado.
O perfil mais vulnerável, no entanto, continua sendo o de crianças. O boletim revela que 1.479 dos casos hospitalizados são de menores de 1 ano, representando 23,12% dos registros, enquanto crianças entre 1 e 9 anos somam 24,93% (1.595 casos).
Vacinação: chave para prevenção
A SES reforça que a única forma eficaz de proteção contra a Influenza e outros vírus respiratórios é a vacinação. Manter o esquema vacinal em dia pode ser a diferença entre a vida e a morte, especialmente para os grupos de risco.