Mato Grosso do Sul se prepara para receber mais um gigante do setor florestal. A Bracell, empresa do grupo Royal Golden Eagle (RGE), anunciou que pretende iniciar em fevereiro de 2026 a construção de sua primeira unidade no Estado, em Bataguassu, cidade a 120 km de Três Lagoas. O projeto, avaliado em R$ 16 bilhões, marca a chegada da primeira fábrica de celulose solúvel em território sul-mato-grossense.
De acordo com Bruno Madalena, gerente de Relações Institucionais da MS Florestal — empresa do mesmo grupo que cuida das operações florestais — o processo ainda depende do aval ambiental.
“Estamos na fase de licença prévia. O passo decisivo será a emissão da licença de instalação. Sem isso, não existe planta. Nossa expectativa é que até fevereiro ou março tenhamos tudo liberado para começar a obra. O governador tem dado total apoio para acelerar esse processo”, destacou.
A expectativa é de que a licença prévia seja emitida até o fim deste ano, abrindo caminho para um dos maiores empreendimentos privados da história de Mato Grosso do Sul.
O impacto na região promete ser expressivo: cerca de 10 mil empregos devem ser criados durante a fase de construção e 3 mil postos diretos na operação da fábrica. Além da geração de renda, o município deve experimentar forte incremento na arrecadação de impostos e melhoria da infraestrutura.
Com fábricas de grande porte já instaladas na Bahia e em São Paulo, a Bracell é uma das líderes mundiais na produção de celulose solúvel — matéria-prima usada em setores que vão de têxteis a alimentos e fármacos.
A chegada a Bataguassu reforça o protagonismo do Estado no Vale da Celulose, polo que reúne alguns dos maiores investimentos privados do Brasil e que vem transformando o Leste sul-mato-grossense em referência nacional no setor.
A largada prevista para 2026 será mais do que a construção de uma nova fábrica: será um marco para consolidar Mato Grosso do Sul no mapa global da celulose.
