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Ministério anuncia investimentos milionários para aeroportos de MS, mas deixa Três Lagoas de fora

Foto: reprodução
Rogério Potinatti
17/3/2025
às
8:00

O Ministério dos Portos e Aeroportos anunciou recentemente investimentos expressivos de cerca de R$ 600 milhões voltados para a melhoria da infraestrutura aeroportuária no Brasil.

De acordo com o ministro Costa Filho, entre os beneficiados de Mato Grosso do Sul, estão os aeroportos de Campo Grande, Ponta Porã, Corumbá e Bonito.

"Essas ações serão fundamentais para o fortalecimento da aviação regional", afirmou o ministro, durante evento realizado na última semana em Dourados.

Em paralelo aos investimentos federais, o Governo de Mato Grosso do Sul confirmou o lançamento de licitação para construção do novo terminal de passageiros e cargas do aeroporto de Dourados.

O projeto, incluído no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), receberá aporte superior a R$ 38,9 milhões, provenientes de recursos federais e estaduais.

Atualmente, o aeroporto de Dourados já está apto a receber aeronaves particulares e, desde janeiro deste ano, a Prefeitura iniciou os procedimentos necessários para homologação da pista junto à ANAC, possibilitando assim voos comerciais em breve.

Governador Eduardo Riedel, ao lado dos ministros Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos) e Simone Tebet (Planejamento e Orçamento), descerram a placa que marcou a entrega oficial da nova pista do aeroporto de Dourados

Três Lagoas

Por outro lado, o aeroporto de Três Lagoas enfrenta um cenário completamente distinto. Apesar de ser um dos polos econômicos do Estado, não foi contemplado com investimentos recentes ou anúncios de melhorias.

Além disso, a Azul Linhas Aéreas suspendeu na última segunda-feira (10 de março), o único voo comercial regular que operava na cidade, ligando Três Lagoas a Campinas (SP).

Segundo a companhia, a decisão decorreu de fatores como custos operacionais elevados, crise global na cadeia de suprimentos, alta do dólar e limitações na disponibilidade de aeronaves.

A suspensão dos voos comerciais traz impactos ruins significativos para Três Lagoas, que agora conta apenas com operações particulares.

Soma-se a isso o fato de o terminal local não oferecer estrutura adequada: a climatização é limitada, a sala de espera é desconfortável e não há espaços básicos para refeições ou serviços de cafeteria, dificultando ainda mais a experiência dos passageiros.

A Azul informou que está cumprindo todas as obrigações previstas pela Resolução 400 da ANAC, oferecendo assistência adequada aos clientes afetados pela suspensão dos serviços.

Sem previsão de melhorias, o aeroporto de Três Lagoas contrasta com outras cidades sul-mato-grossenses, que vivenciam momentos de expansão e fortalecimento da infraestrutura aérea.