O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) está intensificando os esforços para diminuir a longa espera por cirurgias bariátricas na rede pública de Três Lagoas.
Em uma medida recente, o órgão exigiu que a prefeitura, a Secretaria Estadual de Saúde e o Hospital Regional da Costa Leste Magid Tomé elaborem um plano de ação conjunto para solucionar o problema.
Atualmente, 126 pacientes obesos aguardam na fila para a cirurgia que reduz o tamanho do estômago. Desse total, 45 são moradores de Três Lagoas e do município vizinho de Selvíria, segundo dados do MPMS.
A situação é alarmante, pois o número de cirurgias oferecidas mensalmente é insuficiente.
Com apenas duas operações realizadas por mês, o tempo estimado para atender toda a demanda atual ultrapassaria cinco anos. E isso sem considerar os novos pacientes que entrarão na fila durante esse período, destaca o Ministério Público.
A Secretaria Estadual de Saúde sugeriu aumentar o número de cirurgias para oito por mês, mediante a assinatura de um termo aditivo de contrato com o hospital, que é administrado pelo Instituto Acqua. No entanto, até 16 de julho, essa proposta ainda não havia sido formalizada.
O MPMS exige que o plano conjunto preveja a realização de cirurgias urgentes em até 30 dias e que os casos eletivos sejam atendidos em no máximo 180 dias.
As autoridades locais e estaduais, juntamente com o hospital, têm a obrigação de responder se irão seguir a recomendação.
Caso acatem, deverão estabelecer metas mensais de atendimento e manter o Ministério Público informado sobre o progresso de sua execução.
