Desde o início do ano passado, o Ministério Público do Trabalho de Mato Grosso do Sul (MPT-MS) conduziu 166 procedimentos para investigar empresas denunciadas por práticas de assédio moral e sexual contra mulheres. As denúncias das trabalhadoras relatam falta de igualdade de oportunidades, violência, assédio e discriminação, incluindo assédio ou violência psicológica.
De acordo com o Ministério Público, essas violências frequentemente se manifestam por meio de comentários depreciativos, isolamento intencional ou sobrecarga de trabalho. Essas práticas não apenas prejudicam a saúde mental das trabalhadoras, mas também afetam seu desempenho e senso de pertencimento na empresa.
As investigações realizadas pelo MPT têm como objetivo não apenas punir comportamentos infracionais, mas também promover um ambiente de trabalho mais justo e seguro para as mulheres. Isso inclui enfatizar a importância de políticas internas eficazes que previnam, identifiquem e combatam tais práticas insalubres.
Para abordar essa questão, o órgão está lançando a campanha "Abril Verde", que ampliará a discussão sobre a realidade enfrentada por muitas mulheres no mercado de trabalho.
"Destacamos a necessidade de políticas mais robustas e eficazes para prevenir e combater essas práticas, com o objetivo de garantir um ambiente de trabalho seguro, inclusivo e respeitoso para todos", ressalta Cândice Gabriela Arosio, procuradora-chefe do MPT-MS.
Os canais para denúncias de assédio no trabalho no MPT-MS incluem o site do órgão e o aplicativo MPT Pardal, disponível gratuitamente para download em smartphones.