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MS se consolida como polo global da celulose e projeta novos investimentos bilionários

Foto: cedida
Rogério Potinatti
8/10/2024
às
8:05

Mato Grosso do Sul reafirma sua posição de destaque na produção de celulose, representando 24% da produção nacional e atraindo olhares globais para seus empreendimentos.

Além de liderar no Brasil, o estado vem atraindo investimentos vultosos que impulsionam sua expansão no setor, com a previsão de quatro novos projetos até 2032. Esse crescimento poderá gerar cerca de 100 mil novos empregos, dos quais 24 mil serão diretos, consolidando ainda mais a economia regional.

Entre os principais projetos, destacam-se a nova fábrica da Suzano em Ribas do Rio Pardo, já em operação, e a terraplanagem da fábrica da Arauco em Inocência. Ambos prometem fortalecer a posição do estado como potência nacional no setor de celulose, com a meta de alcançar dois milhões de hectares de área plantada nos próximos anos.

Paulo Artunghi, presidente do Instituto Brasileiro de Árvores (IBA), enxerga um futuro promissor para a indústria de celulose no Brasil, com Mato Grosso do Sul à frente dessa expansão. No entanto, ele alerta para os desafios que acompanham esse crescimento, como a necessidade de preparar a infraestrutura local e qualificar a mão de obra para atender à crescente demanda.

As perspectivas de investimento também incluem a duplicação da capacidade produtiva da Eldorado Brasil em Três Lagoas e a construção de uma nova unidade da Braccel, parte do grupo asiático RGE, no município de Água Branca.

Com um investimento estimado em até R$ 25 bilhões, a nova fábrica da Braccel deverá criar 10 mil empregos durante as obras e outros 3 mil postos permanentes após sua conclusão.

Esse movimento não é isolado. Em 2022, o Brasil se firmou como o maior exportador global de celulose, impulsionado por um crescimento de 109% na produção de fibras de madeira, totalizando 25 milhões de toneladas. O estado de Mato Grosso do Sul, no centro dessa revolução, continua a atrair investidores internacionais e nacionais, como a chilena Arauco e a centenária Suzano, que segue expandindo sua presença com o Projeto Cerrado.

O caminho para o futuro da celulose passa inevitavelmente por Mato Grosso do Sul, e com os novos investimentos e expansões em andamento, o estado se projeta como um dos maiores polos globais do setor.