Uma das obras mais esperadas e emblemáticas de Três Lagoas - o contorno rodoviário - segue sem data oficial de entrega.
Em 2023, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), chegou a divulgar que as obras estavam em andamento e seriam finalizadas até maio deste ano, porém, voltou atrás e alegou atrasos orçamentários para a conclusão, sem especificar uma nova data de conclusão. Ainda no início do ano passado, o Ministério dos Transportes liberou mais de R$ 157 milhões para a “ordem de serviço” destinados à empresa vencedora da licitação.
As obras devem contemplar, inicialmente, 26,46 quilômetros de rodovias e vão permitir a diminuição do fluxo viário de cargas e passageiros, principalmente das carretas que transportam a madeira responsável pela produção da celulose nas fábricas sediadas no município. O contorno rodoviário deverá desafogar o fluxo de caminhões e carretas da área urbana do município, principalmente na avenida Ranulpho Marques Leal, que recebe todo o tráfego de quem entra ou sai do Estado pelas rodovias BR-158 e BR-262.
As intervenções serão realizadas nas rodovias BR-158, BR-262 e estradas vicinais que cortam áreas rurais do município. Além da implementação de pista dupla, as obras vão contar com sinalização vertical e horizontal, serviços de drenagem e pavimentação, bem como construção de oito viadutos.
Os viadutos serão construídos nos seguintes locais: sobre a rua Trajano dos Santos, sobre a linha férrea, sobre a BR-262/MS, sobre a BR-158/MS, sobre a vicinal -ponte sobre o Córrego da Onça - e sobre a rua Jupiá, na linha férrea.
Com a entrega do contorno rodoviário, este escoamento da produção, principalmente até os portos de Santos e Paranaguá, deverá ser realizada por outros modais, trazendo mais conforto, segurança e trafegabilidade aos motoristas e cidadãos de modo geral.
Equipes da empresa vencedora da licitação da primeira parte da obra - a Paulista S/A - chegaram a trabalhar no local, executando a topografia. Os trabalhadores também iniciaram o processo de desapropriação das famílias que vivem na área de 70 metros da chamada ‘área de domínio’, que deverá ser desocupada.
Conforme o projeto, 17 famílias serão desapropriadas. Para isso, elas terão que apresentar os documentos concedidos pela prefeitura de Três Lagoas à época em que receberam os lotes diretamente ao DNIT, que contratou uma empresa especializada para avançar. Porém, isso será realizado conforme as obras forem avançando.
Inicialmente orçado em R$ 149 milhões em 2018, o futuro contorno rodoviário deverá custar bem acima deste montante.
Em setembro de 2023, com o anúncio do novo PAC - Programa de Aceleração do Crescimento - o governo federal reiterou os investimentos para concluir o dispositivo viário, porém, até o momento, as obras não recomeçaram.
