Uma rede de corrupção e fraudes em licitações foi alvo da Operação Malebolge, deflagrada pelo Grupo Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) na última terça-feira (18).
A ação, conduzida pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), revelou um esquema criminoso que manipulava contratos públicos em diversas prefeituras do estado.
No total, foram cumpridos 11 mandados de prisão preventiva e 39 de busca e apreensão em quatro municípios: Campo Grande, Água Clara, Rochedo e Terenos. Segundo as investigações, o grupo operava a partir de núcleos estruturados, com atuação concentrada principalmente em Água Clara e Rochedo.
De acordo com o Gaeco, um empresário era o responsável por articular o esquema, cooptando servidores públicos para fraudar processos licitatórios e garantir que empresas previamente escolhidas saíssem vencedoras.
O esquema envolvia a manipulação de editais, forjando uma concorrência simulada, enquanto os contratos firmados ultrapassavam a marca de R$ 10 milhões.
Além disso, as investigações apontam que agentes públicos recebiam propina para atestar falsamente a entrega de produtos e serviços que nunca foram prestados. Servidores envolvidos no esquema também aceleravam trâmites administrativos para garantir pagamentos ilegais a empresas beneficiadas.
O caso segue sob apuração do MPMS, e os envolvidos podem responder por crimes como corrupção ativa e passiva, organização criminosa e fraude em licitações.