A Petrobras está planejando uma retomada estratégica dos investimentos para finalizar as obras da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN-3) em Três Lagoas, apostando no desenvolvimento de novas tecnologias.
Conforme reportagem da Folha, divulgada no último sábado (7), a previsão é que o detalhamento dos aportes do plano da empresa para 2025-2029, seja revelado em novembro. No entanto, ainda não foram especificados os tipos de tecnologia envolvidos.
Em abril, foi anunciado que o processo licitatório para a conclusão da UFN-3 deve começar em dezembro deste ano, com o objetivo de iniciar as operações até o final de 2028.
Estima-se que serão necessários cerca de R$ 5 bilhões para finalizar a obra, que já está 81% concluída, mas foi paralisada em 2014.
Projetada para consumir diariamente 2,3 milhões de metros cúbicos de gás natural, a planta transformará esse volume em 3.600 toneladas de ureia e 2.200 toneladas de amônia por dia, produtos essenciais para o agronegócio brasileiro.
Novos horizontes em sustentabilidade
No dia 6 de setembro, a Petrobras e a Embrapa firmaram uma parceria de cooperação técnica para desenvolver soluções inovadoras com foco em matérias-primas renováveis e produtos de baixo carbono.
A iniciativa envolve química verde, fertilizantes e biocombustíveis, reforçando o compromisso da estatal com a sustentabilidade.
Enquanto a Petrobras trabalha na criação de tecnologias para essas novas indústrias, a Embrapa se concentra no desenvolvimento de protocolos agrícolas de baixo carbono, como a soja certificada.
No setor de fertilizantes, o objetivo é criar produtos mais sofisticados e com menor impacto ambiental, como ureias de maior valor agregado e insumos sustentáveis.
