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Policiais Civis de MS paralisam atividades por 24h em campanha por valorização salarial

Foto: reprodução
Da redação
20/9/2024
às
8:10

Nesta quinta-feira (19), os policiais civis de Mato Grosso do Sul suspenderam suas atividades por 24 horas em todas as delegacias do estado, como parte de uma campanha por melhores condições salariais.

A paralisação, que já havia ocorrido no início do mês, começou às 8h e se estenderá até o mesmo horário de sexta-feira (20). A ação foi organizada pelo Sinpol-MS (Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul) e faz parte de uma série de mobilizações para pressionar o governo estadual a cumprir promessas de valorização da categoria.

Segundo o presidente do Sinpol, Alexandre Barbosa, a mobilização visa chamar a atenção para a importância do trabalho dos policiais civis e exigir uma resposta do governo quanto às demandas salariais. Em Campo Grande, a concentração dos agentes aconteceu em frente à Depac Centro.

A paralisação, no entanto, não afetará serviços essenciais. Casos de emergência, como atendimento a crianças, idosos, medidas protetivas e flagrantes, continuam sendo realizados, assegurando que a segurança pública não seja comprometida. O Sinpol reforça que a adesão ao movimento é fundamental para demonstrar a força da categoria.

Histórico de mobilizações

No dia 5 de setembro, os agentes também paralisaram parte dos atendimentos, com 70% da categoria suspendo suas atividades por 8 horas. Na ocasião, serviços como boletins de ocorrência e oitivas foram interrompidos, mantendo apenas atendimentos de urgência. Segundo Barbosa, a manifestação tinha o objetivo de abrir um canal de diálogo com o governo estadual, que até então não havia iniciado negociações.

Reivindicações da categoria

Os policiais civis buscam uma valorização salarial condizente com os resultados obtidos pela polícia do estado, considerada uma das melhores do país. Barbosa ressaltou que, apesar da excelência no desempenho, os salários da categoria estão entre os piores do Brasil, descrevendo a situação como "quase trabalho escravo." O sindicato também alerta que, sem avanços nas negociações, a categoria poderá partir para uma greve.

Carlos Alexandre, escrivão da Polícia Civil, destacou a insatisfação geral com a defasagem salarial, afirmando que a falta de valorização afeta não apenas os policiais, mas também a segurança da população. "Uma polícia desvalorizada gera insegurança para todos", concluiu.