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População de Três Lagoas se une para ajudar as vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul

Foto: reprodução/Defesa Civil RS
Rogério Potinatti
5/5/2024
às
13:00

Neste domingo (5), a população de Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul, se mobilizou para o envio de doações às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul, numa grande demonstração de união e compaixão, que durou todo o dia.

Voluntários de todas as idades se reuniram para separar uma variedade de itens essenciais, incluindo materiais de limpeza, itens de higiene pessoal, alimentos não perecíveis, fraldas, medicamentos e outros produtos de primeira necessidade.

O centro dessa operação humanitária foi a sede do Lions Clube, localizada na avenida Capitão Olinto Mancini. O fluxo constante de doadores trouxe consigo uma onda de esperança e apoio para aqueles que estão sofrendo com as consequências devastadoras das enchentes.

"Vejam como o três-lagoense é solidário! As doações não param de chegar", comemorou nas redes sociais a voluntária e uma das organizadoras da ação, Mariana Amaral. Ela é gaúcha, de Santa Maria (RS).

Outros organizadores, profundamente emocionados com a generosidade da comunidade, também expressaram surpresa com a quantidade de doações recebidas. O volume de itens coletados superou as expectativas, refletindo o espírito altruísta e solidário da população de Três Lagoas.

Conforme os organizadores, os donativos serão encaminhados para o Rio Grande do Sul por meio de parceiros logísticos. A solidariedade transcendeu as fronteiras geográficas, unindo corações e mãos em um esforço conjunto para aliviar o sofrimento daqueles que enfrentam a adversidade.

Além do Lions Clube, integrantes de outras organizações sociais como Rotary Club e a AJE TL - Associação dos Jovens Empreendedores de Três Lagoas - também se mobilizaram, arrecadando e transportando donativos até os pontos de coleta e apoiando a Defesa Civil gaúcha, com o envio de doações em dinheiro.

Uma demonstração extraordinária de empatia e união, que serve como um lembrete poderoso do que podemos alcançar quando nos unimos em prol do bem comum.

Em tempos desafiadores, a luz da solidariedade brilha mais forte do que nunca, iluminando caminhos e oferecendo conforto àqueles que mais precisam.

Maior tragédia já vista na história do povo gaúcho

A situação no Rio Grande do Sul neste domingo (5) era alarmante, com 55 mortes confirmadas e outras sete sob investigação devido aos temporais da última semana. Este número trágico já ultrapassou o total de vítimas da última grande tragédia ambiental do estado, em setembro de 2023, que vitimou 54 pessoas.

Este é o quarto desastre climático a atingir o Rio Grande do Sul em menos de um ano. Em 2023, ocorreram três eventos significativos em junho, setembro e novembro, totalizando 75 mortes.

Além das vítimas fatais, no domingo havia 74 pessoas desaparecidas e 107 feridas. A Defesa Civil estima que 82,5 mil pessoas estão fora de casa, sendo 13,3 mil em abrigos e 69,2 mil desalojadas, recebendo abrigo temporário com familiares ou amigos.

Um total de 317 dos 496 municípios do estado enfrentam algum tipo de problema, afetando cerca de 510,5 mil pessoas.

O governador Eduardo Leite (PSDB) declarou na quinta-feira (2) que este é o "maior desastre climático do estado". Em Porto Alegre, o nível do Rio Guaíba ultrapassou os 5 metros, superando a marca histórica de cheia de 1941, que foi de 4,76 metros.

"Mais de 150 pontes, estradas rompidas, deslizamentos de terra e outros eventos ainda estão por vir. Esta já é e será a pior calamidade climática em nosso estado, e precisamos evitar mais perdas humanas neste momento crítico", ressaltou.

A maior enchente da história do Rio Grande do Sul deixou comunidades isoladas e um cenário devastador. O gramado da Arena do Grêmio ficou submerso no sábado, pois o estádio está próximo à foz do Rio Gravataí no Rio Jacuí, em Porto Alegre. O bairro Humaitá, na Zona Norte, foi severamente afetado pelas inundações históricas.

Na Região Metropolitana, municípios como Canoas, Eldorado do Sul e Guaíba também sofreram com inundações. Autoridades e voluntários mobilizaram barcos e motoaquáticas para resgatar pessoas isoladas, algumas aguardando por socorro em cima de imóveis e viadutos.

No Vale do Taquari, uma das áreas mais impactadas durante as enchentes de setembro de 2023, o Rio Taquari atingiu mais de 30 metros de altura, alcançando o nível mais alto já registrado na história. O rio alcançou 31,2 metros, superando os 29,5 metros de setembro de 2023 e o recorde anterior de 29,9 metros em 1941.

Doações em dinheiro

Desde quinta-feira (2), a conta SOS Rio Grande do Sul, do banco Banrisul, foi restabelecida pelo governo do Rio Grande do Sul para receber doações em dinheiro.

A chave Pix é o Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) número 92.958.800/0001-38.

O governo estadual informa que os recursos serão integralmente revertidos para o apoio humanitário às vítimas das enchentes e para a reconstrução da infraestrutura das cidades.

Dados do Pix

Nome da conta: SOS Rio Grande do Sul

Chave Pix: CNPJ: 92.958.800/0001-38