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Presidente da Petrobras poderá destravar UFN3 em visita ao MS marcada para abril

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Rogério Potinatti
6/3/2024
às
10:15

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, programou uma visita ao Mato Grosso do Sul em abril, onde pretende realizar anúncios significativos relacionados à Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III (UFN3) em Três Lagoas.

Durante um evento da Petrobras Cultural no Rio de Janeiro, Prates expressou o compromisso da empresa em agilizar o término da planta e iniciar sua produção. Ele enfatizou a localização estratégica da planta e afirmou que a visita em abril incluirá anúncios positivos sobre o projeto.

Embora a retomada da UFN3 tenha sido confirmada verbalmente no ano anterior, ainda não existe um cronograma definido para a conclusão da unidade industrial. A futura fábrica terá a capacidade de produzir fertilizantes nitrogenados, amônia, potássio e gás carbônico, utilizando gás natural como matéria-prima para a fabricação de medicamentos e refrigerantes.

Quanto aos investimentos necessários, Jean Paul Prates mencionou que o valor ainda está em processo de decisão, aguardando avaliação e organização para apresentação à diretoria e ao conselho da Petrobras. No ano passado, especulações indicaram que seriam necessários pelo menos US$ 1 bilhão para concluir as obras.

Sobre o estado de conclusão da obra, Prates comentou que, apesar de a UFN3 ter sido paralisada em 2015 com aproximadamente 80% das obras concluídas, ajustes de manutenção podem ter reduzido esse percentual para cerca de 70%. A conclusão da fábrica terá um impacto significativo na produção nacional de fertilizantes, dobrando sua capacidade.

Breve histórico

A UFN3 faz parte da história recente da Petrobras, integrando um consórcio com Galvão Engenharia e Sinopec. Inicialmente orçada em R$ 3,9 bilhões, a obra foi interrompida durante a Operação Lava Jato.

Após diversas reviravoltas, a estatal russa Acron chegou a concordar em adquirir a fábrica em 2019, mas o contrato não foi finalizado devido a eventos geopolíticos.

Desde 2023, o governo federal está envolvido na tentativa de retomar a obra, após a suspensão da venda da fábrica pela Petrobras.