Os Estados Unidos decidiram derrubar, na quinta-feira (20), a tarifa extra de 40% que vinha sendo aplicada desde abril de 2025 sobre parte dos produtos agrícolas exportados pelo Brasil. A medida foi oficializada por uma nova ordem executiva assinada pelo presidente Donald Trump, retirando a sobretaxa de itens estratégicos para o agro nacional, como carne bovina e café.
A decisão ocorre após avanços nas conversas entre os dois governos. Segundo o comunicado da Casa Branca, Trump mencionou o telefonema com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ocorrido em 3 de outubro, quando ambos concordaram em iniciar negociações para rever o chamado “tarifaço”. Os norte-americanos afirmam que o diálogo evoluiu o suficiente para justificar o fim da cobrança sobre determinados produtos.
A suspensão tem efeito imediato e retroativo. Assim, mercadorias retiradas de armazéns para consumo a partir das 12h01 (horário de Nova York) do dia 13 de novembro já estarão livres da tarifa adicional.
Parlamentares de Mato Grosso do Sul celebram decisão
A notícia foi bem recebida pela bancada federal de Mato Grosso do Sul, Estado que se destaca como potência agroexportadora e figura entre os que mais enviam commodities agrícolas aos Estados Unidos.
O senador Nelsinho Trad (PSD) afirmou que a medida traz alívio para produtores e exportadores brasileiros, além de reforçar a geração de empregos. Ele ressaltou o trabalho conjunto entre Legislativo e Executivo, especialmente por meio da Comissão Temporária Externa para Interlocução sobre Relações Econômicas Brasil–EUA, criada no Senado.
Trad também lembrou a missão suprapartidária que levou oito senadores a Washington. Durante o encontro, segundo ele, foram apresentadas análises técnicas mostrando os prejuízos mútuos da taxação, o que ajudou a sensibilizar representantes do governo americano. O parlamentar destacou ainda o empenho do vice-presidente Geraldo Alckmin, do ministro das Relações Exteriores Mauro Vieira e das equipes responsáveis pelas tratativas.
A senadora Tereza Cristina (PP) também comemorou a suspensão, classificando-a como “um alívio inicial para o nosso agro”. Ela citou como beneficiados produtos como café, carne, castanha-do-pará, açaí e banana.
Dias antes, enquanto o tarifaço ainda estava em vigor, Tereza Cristina havia defendido a continuidade do diálogo entre os dois países. Ela alertou que o Brasil precisava reforçar a interlocução com seu “segundo maior parceiro comercial” para normalizar as exportações.
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