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Três Lagoas celebra os produtores rurais: a força por trás da celulose, da pecuária e do alimento em MS

Foto: reprodução
Rogério Potinatti
29/7/2025
às
18:00

No Dia do Produtor Rural comemorado neste 28 de julho, Três Lagoas — reconhecida internacionalmente como capital mundial da celulose e berço tradicional da pecuária sul-mato-grossense — celebra os homens e mulheres do campo que seguem transformando a paisagem, a economia e o futuro de Mato Grosso do Sul.

Se o estado alcançou um valor bruto de produção agrícola de R$ 42 bilhões em 2024, representando 64% da riqueza do setor agropecuário, é porque municípios protagonistas como Três Lagoas seguem firmes impulsionando o setor.

A pujança econômica da cidade, que combina tradição pecuarista e um dos maiores polos de produção de celulose do planeta, está ancorada também na força da agricultura, que abastece o Brasil e o mundo com grãos, fibras e alimentos.

A força de Mato Grosso do Sul

Conforme divulgado pela Famasul - Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul - só no primeiro semestre de 2025, o Estado embarcou mais de 3,7 milhões de toneladas de soja e 132 mil toneladas de milho para países como China, Irã, Egito e Bangladesh.

Parte significativa dessa produção nasce ou passa pelos campos e silos da região sul do Estado, porta de saída logística estratégica entre o Centro-Oeste e outras regiões do país e do mundo. O agronegócio contribuiu diretamente para os cerca de US$ 1,5 bilhão em divisas geradas pelas exportações de grãos sul-mato-grossenses no período.

Para o presidente do Sistema Famasul, Marcelo Bertoni, esse avanço tem nome e sobrenome: o produtor rural.

“Temos assistido à modernização das propriedades, à diversificação de culturas e à abertura de novas áreas. Esse avanço é resultado do empenho do agricultor sul-mato-grossense, que investe em capacitação e tecnologia”, destaca.

E os números apurados pelo SIGA-MS - projeto executado pela Aprosoja/MS em parceria com o Governo do Estado - confirmam essa transformação. Em dez anos, a área cultivada com soja saltou de 2,5 para 4,5 milhões de hectares — crescimento de 80%. A cultura do milho também se expandiu: de 1,7 para 2,1 milhões de hectares. Para a segunda safra de 2025, a previsão é de 10,2 milhões de toneladas de milho, um aumento de 20% em relação ao ciclo anterior.

Outro setor que vem ganhando espaço é o de citrus. Com 15 mil hectares plantados, a fruticultura deve dobrar de tamanho nos próximos anos, impulsionada pelas condições favoráveis do solo e clima de MS.

Para Jorge Michelc, presidente da Aprosoja/MS, o sucesso no campo passa por uma gestão cada vez mais profissional.

“Nossos produtores tratam suas fazendas como empresas. Investem em pesquisa, genética e sustentabilidade. Isso torna Mato Grosso do Sul mais competitivo dentro e fora do país”, afirma.

A paixão pelo que se faz é o que move produtores como Leôncio de Souza Brito Neto. No campo desde pequeno, ele sabe que cada semente plantada carrega esperança — e responsabilidade.

“A gente é abençoado porque produz alimento para o mundo. Essa é a nossa missão. Não é fácil, mas é gratificante demais saber que o que colhemos aqui chega a outras partes do planeta. Isso dá sentido a tudo”, conta o agricultor.

A força do campo move Três Lagoas, o Mato Grosso do Sul e o Brasil. E impulsiona a indústria, gera empregos e alimenta o planeta.

Neste 25 de julho, fica o reconhecimento aos agricultores que carregam, com orgulho, a missão de semear o futuro com as próprias mãos — e colhê-lo com dignidade, suor e perseverança.