Desenvolver o setor turístico no leste de Mato Grosso do Sul sempre foi uma das principais bandeiras da Aliança de Entidades, formada pela união entre ACITL, ABRASEL, AJE e SRTL. Desde sua formação, em 2021, os presidentes destas associações – Fernando Lucas Jurado, Marcos Junior, Francisco Medeiros e Bruno Ribeiro – reforçam o compromisso de criar um projeto para atrair os empresários deste segmento e ajudar a administração municipal na divulgação dos atrativos turísticos já existentes.
E apesar das perdas registradas com a pandemia da Covid-19, que travou investimentos e segurou a maioria dos turistas em casa nos últimos 3 anos, as projeções são positivas.
A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) projeta um avanço de 21,9% no volume de receitas e de 2,4% nos investimentos ao Turismo a partir de 2024. O estudo indica a contratação de 478,1 mil trabalhadores formais. Deste total, 81,7 mil atenderão a demandada alta temporada, com vagas temporárias. Diante deste cenário, ainda segundo a CNC, a projeção é de que as atividades turísticas faturem R$ 171,9 bilhões ao longo da próxima alta temporada.
Os principais profissionais demandados devem ser recepcionistas (14,49 mil vagas); cozinheiros e auxiliares (8,09 mil); camareiros (7,30 mil); garçons e auxiliares (4,76 mil); e auxiliares de lavanderia (7,76 mil). Em relação aos estados que devem registrar o maior número de contratações estão: São Paulo (23,49 mil vagas), Rio de Janeiro (10,34 mil) e Minas Gerais (7,43 mil).
Entrave em Três Lagoas
Os integrantes da Aliança de Entidades alegam que o principal entrave para o desenvolvimento do turismo no município esbarra na CTG Brasil, empresa que administra as usinas hidrelétricas de Jupiá e Ilha Solteira.
Eles promoveram duas reuniões com representantes da empresa para ‘destravar’ novos empreendimentos, sugerir parcerias para exploração da atividade turística no entorno dos rios Paraná e Sucuriú e cobrar a manutenção de empreendimentos existentes, que, segundo eles, encontram-se em situação de abandono.
Na ocasião, o gerente de patrimônio imobiliário da CTG Brasil, Ivan Takeshi Toyama e a assessora de comunicação Natalia Flor, se prontificaram em avaliar os pedidos e solicitaram, via ofício, a formalização das principais reivindicações, mas segundo os responsáveis pela Aliança de Entidades, ainda não houve respostas.