O governo de Mato Grosso do Sul confirmou o investimento de US$ 4 bilhões (cerca de R$ 25 bilhões) da Bracell para a construção de uma nova fábrica de celulose em Água Clara.
Este aporte reforça o status do Estado como o "Vale da Celulose" e, conforme os especialistas do setor, deve contribuir para a criação de mais de 100 mil empregos diretos e indiretos até 2032.
Com a nova unidade, Mato Grosso do Sul terá um aumento significativo em sua capacidade produtiva de celulose, que já alcança 7,4 milhões de toneladas anuais.
A fábrica da Bracell terá capacidade para produzir 2,8 milhões de toneladas por ano e ficará localizada a 15 quilômetros do perímetro urbano de Água Clara. Estima-se que as obras gerem 10 mil empregos e outros 3 mil durante a operação.
O secretário estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Verruck, destacou que os investimentos fortalecerão a economia regional e aumentarão a demanda por infraestrutura, saúde, educação e moradias nos municípios envolvidos.
Vale da Celulose e liderança no setor
A região, conhecida como Vale da Celulose, abrange municípios como Três Lagoas, Água Clara, Ribas do Rio Pardo e Aparecida do Taboado, que já respondem por 24% da produção nacional de celulose. Mato Grosso do Sul ocupa o segundo lugar em área plantada com eucalipto e lidera na produção de madeira em tora para celulose e papel.
Com quatro fábricas em operação, o Estado se prepara para receber duas novas unidades: além da Bracell, a chilena Arauco também confirmou uma planta em Inocência, que será a maior fábrica de celulose do mundo, com capacidade de 3,5 milhões de toneladas por ano.
Iniciativas de expansão e incentivo
Durante o Fórum Empresarial Brasil-Indonésia, no Rio de Janeiro, o governador Eduardo Riedel alinhou detalhes do projeto com representantes da Bracell, incluindo o CEO Anderson Tanoto.
“Estamos criando um ambiente de negócios cada vez mais atrativo para consolidar setores em que somos competitivos, e a celulose é um dos grandes pilares desse processo”, afirmou Riedel.
Já o secretário Jaime Verruck ressaltou que o governo tem se esforçado para criar condições favoráveis para os investidores, com políticas de incentivos fiscais, licenciamento ambiental ágil e melhorias na logística. Entre os destaques está o leilão das rodovias que compõem a Rota da Celulose, previsto para dezembro.
Futuro promissor para o setor
Além dos projetos confirmados, outras negociações estão em andamento, com municípios como Figueirão e Alcinópolis sendo estudados para a instalação de novas indústrias.
Com o apoio do governo estadual e o interesse de grandes multinacionais, Mato Grosso do Sul segue consolidando sua posição como referência no mercado global de celulose.