O verão no Hemisfério Sul teve início no domingo (21) e deve trazer um cenário climático marcado por contrastes entre as regiões do país. De acordo com a previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), há expectativa de chuvas acima da média histórica em áreas das regiões Norte e Sul, enquanto grande parte do Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste tende a registrar volumes menores de precipitação.
Na Região Norte, a projeção indica aumento tanto das chuvas quanto das temperaturas na maioria dos estados. Amazonas, Acre, Rondônia e áreas do centro-sul do Pará devem enfrentar calor acima do padrão climatológico, com desvios que podem superar 0,5°C. Já Amapá, Roraima e o norte do Pará devem manter temperaturas próximas da média. Em contrapartida, o sudeste do Pará e o Tocantins aparecem como exceções, com previsão de chuvas abaixo do esperado para o período.
No Sul do Brasil, o verão tende a ser mais úmido. Os três estados da região apresentam condições favoráveis para volumes de chuva acima da média, especialmente no sudeste e sudoeste do Rio Grande do Sul, onde os acumulados podem ultrapassar em até 50 milímetros os índices históricos do trimestre. As temperaturas também devem ficar mais elevadas, principalmente no oeste gaúcho, com marcas até 1°C acima da climatologia.
A situação é diferente no Nordeste. A maior parte da região deve enfrentar um verão mais seco, com destaque para a Bahia, o centro-sul do Piauí e áreas extensas de Sergipe, Alagoas e Pernambuco, onde os volumes podem ficar até 100 milímetros abaixo da média histórica. Por outro lado, o centro-norte do Maranhão, o norte do Piauí e o noroeste do Ceará podem registrar chuvas dentro ou acima do padrão esperado.
No Centro-Oeste, apenas o oeste de Mato Grosso apresenta previsão de precipitações acima da média. Em Goiás, a tendência é de volumes inferiores ao normal, enquanto Mato Grosso do Sul e o Distrito Federal devem ter chuvas próximas da média histórica. As temperaturas, no entanto, devem permanecer elevadas em toda a região, com desvios que podem chegar a 1°C acima do padrão climatológico.
Já no Sudeste, a previsão aponta predomínio de chuvas abaixo da média ao longo do verão, com déficit que pode alcançar até 100 milímetros no trimestre. Minas Gerais deve ser uma das áreas mais impactadas, especialmente nas regiões Central, Zona da Mata, Vale do Rio Doce e na Região Metropolitana de Belo Horizonte. As temperaturas também tendem a ficar acima da média, com elevação de até 1°C.
A estação se estende até 20 de março de 2026 e é caracterizada por temperaturas mais altas, dias mais longos e mudanças rápidas no tempo. O período favorece a ocorrência de eventos intensos, como pancadas fortes de chuva, rajadas de vento, queda de granizo e descargas elétricas.
Segundo o Inmet, os sistemas atmosféricos que mais influenciam o regime de chuvas no verão são a Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), especialmente no Sudeste e Centro-Oeste, e a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), que atua principalmente no norte das regiões Norte e Nordeste. Em média, os maiores volumes de precipitação devem se concentrar no Norte e no Centro-Oeste, com acumulados entre 700 e 1.100 milímetros, áreas que abrigam os biomas Amazônia e Pantanal, tradicionalmente mais chuvosos nesta época do ano.
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