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O desafio dos jornalistas na cobertura eleitoral: o que esperar antes e depois de 06 de outubro?

Foto:
Rogério Potinatti
25/4/2025
às
17:40

Cobrir as eleições, seja no âmbito municipal ou federal, é uma das tarefas mais desafiadoras que os jornalistas enfrentam ao longo de suas carreiras.

Aproxima-se o dia 06 de outubro, quando milhões de brasileiros irão às urnas e milhares de jornalistas terão que acompanhar, desde as primeiras horas, tal fato.

A data será marcada por uma pressão intensa sobre os profissionais de comunicação, que precisam equilibrar a agilidade da cobertura com a necessidade de isenção, precisão e responsabilidade.

A rapidez com que as informações são coletadas e transmitidas não pode comprometer a qualidade do conteúdo, já que qualquer erro pode gerar confusão e impactar diretamente o processo democrático.

Além disso, a pressão para entregar notícias exclusivas e em primeira mão coloca ainda mais tensão sobre os ombros dos jornalistas, exigindo foco total e resistência emocional.

Um trabalho bem feito neste contexto não se resume à velocidade ou ao furo de reportagem. Espera-se que os jornalistas atuem com a máxima isenção, independentemente de suas crenças pessoais ou da polarização política do momento.

O envolvimento de jornalistas em situações políticas pode comprometer gravemente sua credibilidade e a confiança que o público deposita em seu trabalho.

Quando um jornalista toma partido ou se posiciona de maneira parcial, seja por ideologia pessoal ou por pressão externa, ele enfraquece a imparcialidade e a objetividade que são os pilares da profissão.

Esse comportamento pode distorcer a cobertura dos fatos, resultando em reportagens tendenciosas e desinformação, o que prejudica não apenas o jornalista individualmente, mas também a reputação do veículo de comunicação.

A credibilidade é um ativo construído com muito esforço e facilmente perdido, sendo essencial que os profissionais mantenham a ética e a neutralidade, sobretudo em períodos de grande polarização política.

Além disso, a correção nas informações divulgadas é essencial, especialmente quando se trata da apuração de votos e do acompanhamento dos candidatos eleitos.

Os desafios continuam no período pós-eleitoral, quando a contagem dos votos começa e o país volta sua atenção para os resultados. É aí que os jornalistas devem desempenhar o papel de verificar os números, contextualizar os resultados e trazer uma análise cuidadosa, contribuindo para que a população compreenda os desdobramentos políticos e suas consequências.

Um trabalho bem feito envolve responsabilidade, preparo técnico e uma postura ética inabalável, fatores que definem o sucesso de uma cobertura eleitoral e contribuem para o enriquecimento do currículo e da vida de qualquer profissional de imprensa.

Por Rogério Potinatti

Jornalista profissional | MTB: 50.151/SP

Instagram: @rgpotinatti

Por:

Rogério Potinatti

Jornalista profissional | MTB: 50.151/SP