O Consórcio K&G Rota da Celulose apresentou recurso administrativo nesta segunda-feira (11) após ser oficialmente desclassificado do leilão de concessão da Rota da Celulose — um verdadeiro corredor logístico composto por 870 km de rodovias estaduais e federais em Mato Grosso do Sul
A desqualificação ocorreu em 5 de agosto, depois que a comissão do certame aceitou um recurso do Consórcio Caminhos da Celulose, segundo colocado na disputa. O motivo: inconsistências na documentação apresentada pela K&G, entre elas a perda de um atestado técnico importante, relacionado à gestão da Rodovia do Aço
Agora, com o recurso em tramitação, o processo segue aberto.
A Comissão Especial de Licitação estabeleceu um prazo de três dias úteis para manifestações contrárias e possíveis vistas aos documentos, que devem ser solicitadas formalmente por correio eletrônico
Se a decisão pela inabilitação for mantida, o Consórcio Caminhos da Celulose será oficialmente convocado para assumir a concessão, desde que comprove sua habilitação documental. Ele havia oferecido 8% de desconto na tarifa de pedágio e o aporte de cerca de R$ 195,6 milhões
A Rota da Celulose em foco
Este projeto de concessão de infraestrutura envolve um investimento total estimado em R$ 6,9 bilhões em 30 anos, com obras como duplicações, acostamentos e praças de pedágio Free‑Flow. As rodovias contempladas são as estaduais MS‑040, MS‑338 e MS‑395, além das federais BR‑262 e BR‑267

Pedágios e novas tecnologias
O modelo de concessão prevê a instalação de 12 praças de pedágio, distribuídas da seguinte forma:
- 1 em Três Lagoas
- 1 em Água Clara
- 1 em Nova Andradina
- 1 em Nova Alvorada do Sul
- 2 em Ribas do Rio Pardo
- 2 em Campo Grande
- 2 em Santa Rita do Pardo
- 2 em Bataguassu
Entre as inovações, está a adoção do Free-Flow, sistema de cobrança automática sem cancelas. A tarifa quilométrica será de R$ 0,19 em pistas simples e R$ 0,26 em pistas duplas — valor 40% superior em relação às pistas simples.
Haverá desconto de 5% para usuários com tag (AVI), abatimento progressivo de até 20% para veículos de passeio conforme a frequência de uso e isenção para motocicletas.
Segundo o Governo do Estado, o objetivo da concessão é transferir a gestão à iniciativa privada, reduzir custos de manutenção, ampliar a qualidade da malha viária e impulsionar o desenvolvimento econômico da região leste do Estado.