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Deputada alerta para crise de falta d'água na Aldeia Jaguapiru em MS: "questão de dignidade e justiça"

Foto: reprodução
Da redação
12/11/2024
às
7:30

A deputada estadual Lia Nogueira (PSDB/MS) vem chamando atenção para a crise persistente de abastecimento de água na Aldeia Jaguapiru, em Dourados. Em requerimento dirigido à Ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, e ao coordenador do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) de Mato Grosso do Sul, Lindomar Ferreira (Lindomar Terena), a deputada busca esclarecer as causas e as medidas adotadas para solucionar a grave escassez de água que afeta a comunidade indígena há meses.

“Temos discutido essa questão repetidamente, mas até agora a aldeia Jaguapiru continua sofrendo. O uso de caminhão-pipa é uma medida emergencial, e não uma solução sustentável. Não podemos continuar ignorando uma situação que impacta diretamente a saúde e a dignidade dessas famílias”, afirma a deputada.

Segundo o requerimento, a escassez de água tem durado mais de três meses e atinge as necessidades mais básicas da aldeia, prejudicando não apenas a saúde dos moradores, mas também o acesso à educação. Com o abastecimento instável, muitas crianças da aldeia têm deixado de frequentar a escola, o que agrava ainda mais a situação.

Deputada Lia Nogueira (PSDB/MS) defende o acesso à água potável aos indígenas da Aldeia Jaguapiru

Para a deputada, que vem destacando o problema em várias frentes, a situação exige uma ação imediata e duradoura. “O acesso à água potável é um direito fundamental, e garantir que essa água chegue de forma contínua e digna a todas as aldeias do Estado é uma questão de justiça”, defende. Ela acrescenta que a situação na Aldeia Jaguapiru expõe uma vulnerabilidade crítica das comunidades indígenas de Mato Grosso do Sul, que merecem políticas públicas que atendam de maneira estrutural e eficaz.

A deputada solicita, além de um levantamento detalhado das causas da crise de abastecimento, um cronograma com as ações que estão sendo tomadas para resolver definitivamente o problema.

“Não se trata apenas de um problema de infraestrutura, mas de um compromisso com a dignidade e os direitos dessas famílias. Vamos seguir cobrando respostas e medidas efetivas para que essas pessoas tenham o que deveria ser garantido a todo cidadão: acesso adequado e contínuo à água”, conclui.