E se pudermos direcionar os esforços em conjunto e criar oportunidades robustas usando os potenciais de nossos atores locais, seu conhecimento, experiências e competências para estruturar um grupo local forte para inovação?
Esse grupo pode ter muitos nomes e o nome mais conhecido é Ecossistema de Inovação.
Qual o melhor modelo para um grupo desse formato ser gerido?
Depende da dinâmica de cada grupo, é claro!
Vamos considerar alguns aspectos:
O Ecossistema de Inovação é um grupo atores com representantes voluntários para inovação focado em criar e implementar estratégias que beneficiem o maior número de interessados, tais como empreendedores, empreendimentos, sociedade civil, projetos sociais e pessoas.
Nesses ambientes há muitas oportunidades de potencializar a presença dos atores e de integrar competências e especialidades em benefício de um movimento mais impactante para inovação.
Quem são esses atores para compor o Ecossistema de Inovação?
- Atores do conhecimento: Universidades, mecanismos de inovação e ICTIs.
- Atores públicos: Entes que representam o Poder Público.
- Atores de fomento: Bancos, Sociedades Cooperativas financeiras, Bancos de Desenvolvimento Federais, Estaduais.
- Atores da sociedade organizada: Sistema S, Cooperativas, Associações Comerciais, Associações de Classe, Sindicatos, Conselhos Regionais, Projetos Sociais.
Importante dizer que esses conceitos foram desenvolvidos por instituições/autoridades em inovação e a partir da soma de muitas buscas, adaptei esse formato para facilitar possíveis classificações.
O que esses atores trabalham?
Vamos considerar que um determinado município identifique que uma política de governo que fomente, dê abertura e estabeleça claramente legislações municipais que estimulem inovações para geração de trabalho e renda, oportunidades de mercado e preparação de talentos profissionais, seja atrativo para instalação de novos geradores de renda e trabalho.
Criar essa política de governo seria um provável atrativo para quem deseja se estabelecer profissionalmente no mercado local?
Se a resposta for SIM, essas tendências precisam se transformar em ações concretas. Do contrário, ficaríamos só sonhando. Daqui em diante, construir a estratégia para chegar de forma consolidada e com a participação de todos os interessados é o desafio.
Mas, se a resposta for NÃO, precisaríamos rever as análises de tendências locais.
O Ecossistema de Inovação com tantos atores, conhecimento e competências pode protagonizar algumas ações e auxiliar na construção desse direcionamento e isto significa fomentar perspectivas atraentes.
Como organismo vivo e dinâmico, o Ecossistema de Inovação precisa se desenhar literalmente como um modelo de negócios.
Vai precisar construir estratégias e planos de ação, gente voluntária fortemente interessada, times de acionamento e execução dessas estratégias, sistemas de comunicação interno e com o público, para fortalecer sua existência e presença no município. Enfim, ele precisa ter uma forma de existir e um sentido para quem está nele e se beneficia dele.
Mas o que ganhamos em participar de um time assim?
Minimamente podemos pensar em três ganhos diretos:
- Visibilidade por compor um time inovador. Sua marca associada a um time que realmente agita e é comprometido com a inovação faz muita diferença.
- Interagir com a experiência e o conhecimento dos demais para aprender ou revisar como gerimos nosso projeto pessoal e/ou profissional.
- Conexão com muitos ambientes de aprendizados e trocas valiosas e, provavelmente aqueles insights que nos abrem caminho para o novo e estão bem pertinho.
Há muito mais oportunidades de ganhos e conexões, especialmente a aproximação com ambientes que, sem dúvida, inspiram!
Conectar-se ao ecossistema de inovação é o caminho!

Por: Ana Carla Castello
Administradora, mentora e consultora em inovação para pequenos negócios, apaixonada por ecossistemas de inovação.
Instagram: @anacarlacastello.br