Conhecida pela produção de celulose com tecnologia de ponta, a Eldorado Brasil Celulose, localizada em Três Lagoas (MS), implantou uma nova Central de Processamento de Biomassa para dar destino sustentável às sobras de madeira não aproveitáveis na fabricação da celulose.
Antes dessa inovação, os resíduos eram picados diretamente nas áreas florestais por máquinas movidas a diesel, resultando em maior emissão de poluentes. Agora, todo esse processo ocorre dentro da própria planta industrial, utilizando energia limpa e renovável.
O novo sistema, equipado com tecnologia da Valmet, possui capacidade para transformar até 1.500 toneladas de resíduos de madeira por dia em biomassa, em uma operação automatizada e eficiente. O processo é rápido: a madeira chega por meio de tritrens, é descarregada por uma grande grua e transportada por correias equipadas com detectores de metais, garantindo segurança operacional. Em seguida, o material é transformado em biomassa, que segue para a Usina Termelétrica Onça Pintada, localizada na própria unidade.
Essa biomassa alimenta uma caldeira que gera energia suficiente para abastecer uma cidade de até 1,4 milhão de habitantes. A empresa destaca que 96% da energia consumida em sua operação já é proveniente de fontes renováveis. Além disso, a Eldorado conta com uma pequena usina hidrelétrica interna que reaproveita a água residual do processo industrial para gerar eletricidade utilizada no prédio administrativo.
Com essa inovação, a Eldorado Brasil reforça sua política de sustentabilidade e compromissos ESG (ambientais, sociais e de governança). De acordo com o gerente geral industrial da empresa, Marcelo Martins, além da melhora operacional, a nova central contribui diretamente para a redução das emissões de carbono e fortalece a independência energética da companhia.
Atualmente, a planta de Três Lagoas produz cerca de 1,8 milhão de toneladas de celulose por ano, empregando diretamente aproximadamente cinco mil pessoas ao longo da cadeia produtiva.
Mato Grosso do Sul já é referência no setor de celulose no país, possuindo quatro unidades industriais em operação e novas fábricas previstas para os próximos anos, confirmando a importância estratégica dessa atividade econômica para o estado.
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