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Frio derruba produção e eleva preços de hortaliças em MS; quiabo sobe 15%

Foto: reprodução
Rogério Potinatti
27/8/2025
às
7:40

As temperaturas baixas registradas em Mato Grosso do Sul entre julho e agosto, que chegaram a 2°C em algumas regiões, já têm reflexo direto no bolso do consumidor.

Em Três Lagoas e em outras cidades do Estado, hortaliças ficaram mais caras, com destaque para o quiabo, cujo preço subiu 15% em apenas uma semana, segundo a Ceasa-MS (Central de Abastecimento).

Considerada uma das hortaliças mais sensíveis às mudanças climáticas, o quiabo teve a floração e o desenvolvimento comprometidos pelo frio, reduzindo a oferta. Hoje, a caixa de 15 kg é vendida a R$ 230, enquanto no dia 14 de agosto o preço médio era de R$ 110.

Outras hortaliças também encareceram

Além do quiabo, outros produtos foram impactados pelas geadas e oscilações de temperatura:

  • Abobrinha verde (MS): menor formação de frutos devido ao abortamento de flores.
  • Berinjela (MS/SP): crescimento lento, frutos menores e necessidade de trazer produção de outros estados.
  • Pimentão verde (ES/MG/PR/SP): frio e geadas derrubaram a produção nacional.
  • Jiló: a caixa de 15 kg subiu de R$ 100 para R$ 130 em apenas quatro dias.

Apesar da alta, a Ceasa garante que não houve falta de abastecimento, já que empresários buscam fornecedores em outras regiões para suprir a demanda.

Reflexo do inverno rigoroso

Julho registrou as temperaturas mais baixas do ano e, junto com a queda na produção, houve aumento na procura por legumes típicos de sopa, como abóbora cabotiá, batata e moranga — em alguns casos, a procura cresceu até 30%.

A Ceasa lembra que, embora os preços oscilem, o abastecimento está garantido e moradores podem comprar direto da central, sem depender apenas do atacado.