As temperaturas baixas registradas em Mato Grosso do Sul entre julho e agosto, que chegaram a 2°C em algumas regiões, já têm reflexo direto no bolso do consumidor.
Em Três Lagoas e em outras cidades do Estado, hortaliças ficaram mais caras, com destaque para o quiabo, cujo preço subiu 15% em apenas uma semana, segundo a Ceasa-MS (Central de Abastecimento).
Considerada uma das hortaliças mais sensíveis às mudanças climáticas, o quiabo teve a floração e o desenvolvimento comprometidos pelo frio, reduzindo a oferta. Hoje, a caixa de 15 kg é vendida a R$ 230, enquanto no dia 14 de agosto o preço médio era de R$ 110.
Outras hortaliças também encareceram
Além do quiabo, outros produtos foram impactados pelas geadas e oscilações de temperatura:
- Abobrinha verde (MS): menor formação de frutos devido ao abortamento de flores.
- Berinjela (MS/SP): crescimento lento, frutos menores e necessidade de trazer produção de outros estados.
- Pimentão verde (ES/MG/PR/SP): frio e geadas derrubaram a produção nacional.
- Jiló: a caixa de 15 kg subiu de R$ 100 para R$ 130 em apenas quatro dias.
Apesar da alta, a Ceasa garante que não houve falta de abastecimento, já que empresários buscam fornecedores em outras regiões para suprir a demanda.
Reflexo do inverno rigoroso
Julho registrou as temperaturas mais baixas do ano e, junto com a queda na produção, houve aumento na procura por legumes típicos de sopa, como abóbora cabotiá, batata e moranga — em alguns casos, a procura cresceu até 30%.
A Ceasa lembra que, embora os preços oscilem, o abastecimento está garantido e moradores podem comprar direto da central, sem depender apenas do atacado.