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Incêndios devastaram 1,6 milhão de hectares do Pantanal sul-mato-grossense em 2024

Foto: reprodução
Da redação
11/12/2024
às
7:30

Uma atualização dos dados do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais (Lasa), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), revelou uma redução de 20,81% na estimativa inicial de hectares do Pantanal sul-mato-grossense destruídos por incêndios florestais em 2024.

Inicialmente, apontava-se que 2.047.575 hectares haviam sido devastados entre 1º de janeiro e 5 de dezembro. Após revisão, o número foi ajustado para 1.621.275 hectares, representando uma redução de 426.300 hectares. Apesar dessa revisão, a área queimada no Pantanal este ano ainda é 3,23 vezes maior que a registrada em 2023.

Os dados constam no Informativo dos Incêndios Florestais Nº 24/2024, divulgado pelo Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec), que também apresentou um panorama sobre os incêndios em todo o estado. No território de Mato Grosso do Sul, o total de áreas destruídas pelo fogo em 2024 alcançou 2.047.425 hectares, 2,82 vezes mais do que no ano anterior.

O impacto nas Unidades de Conservação foi significativo. Em 2024, 74.350 hectares de áreas protegidas no Cerrado e no Pantanal foram devastados, um aumento de 55,7% em relação aos 47.750 hectares destruídos em 2023. A situação é ainda mais crítica em terras indígenas, onde a área atingida saltou de 62.525 hectares no ano passado para 344.425 hectares este ano, um aumento impressionante de 450,9%.

Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), quatro municípios concentraram 98,8% dos focos de calor no Pantanal sul-mato-grossense: Corumbá (65,1%), Aquidauana (17,3%), Porto Murtinho (9,1%) e Miranda (7,3%).

Embora a revisão dos números traga uma redução na área estimada de destruição, os dados reforçam a gravidade da situação enfrentada pelo Pantanal e pelas regiões protegidas do estado, exigindo ações urgentes de preservação e combate aos incêndios.