Neste 11 de outubro de 2025, o Mato Grosso do Sul celebra 48 anos de criação — uma história recente, mas profundamente enraizada na coragem e na diversidade do seu povo.
O Estado nasceu do desejo de autonomia e prosperidade, e hoje se firma como um dos motores econômicos, culturais e ambientais do Brasil.
A divisão oficial ocorreu em 11 de outubro de 1977, quando o então presidente Ernesto Geisel sancionou a Lei Complementar nº 31, separando o sul do antigo Mato Grosso e dando origem a uma nova unidade federativa, com Campo Grande escolhida como capital. Desde então, o Estado cresceu em população, infraestrutura e importância nacional — hoje são 79 municípios, que formam uma das regiões mais produtivas e acolhedoras do país.

Do Pantanal às planícies agrícolas da Costa Leste, da força industrial de Três Lagoas às tradições culturais de Dourados, Corumbá, Bonito e Ponta Porã, cada cidade carrega um pedaço da alma sul-mato-grossense. A miscigenação de povos indígenas, imigrantes, paraguaios, bolivianos e migrantes do Sul e Sudeste moldou uma identidade única, marcada pela hospitalidade, pela fé e pelo trabalho.
O Mato Grosso do Sul de hoje é reconhecido nacionalmente pela liderança no agronegócio, pela produção sustentável de celulose, pela gestão ambiental de referência e pela riqueza cultural que mistura a viola caipira, a polca paraguaia e o tereré. Mais do que números e conquistas, o Estado é feito de pessoas que constroem todos os dias uma história de superação e pertencimento.

Estado da carne e da celulose
O Mato Grosso do Sul consolidou-se como um dos maiores produtores de celulose do mundo, título conquistado graças à força produtiva e à concentração de investimentos bilionários na região Leste do Estado. Cidades como Três Lagoas, Água Clara, Inocência e Selvíria abrigam florestas e algumas das maiores e mais modernas indústrias do setor no planeta, responsáveis por transformar o Estado em referência global em sustentabilidade, eficiência e inovação.
Com gigantes como Suzano, Eldorado Brasil e, futuramente Arauco e Bracell operando e expandindo suas plantas industriais, o MS alcança números impressionantes: milhões de toneladas de celulose produzidas anualmente, gerando milhares de empregos diretos e indiretos e impulsionando o PIB estadual.
A força do polo de celulose vai muito além da produção — ela representa um novo ciclo de desenvolvimento econômico e tecnológico. O setor tem impulsionado o surgimento de startups, centros de pesquisa e iniciativas voltadas à bioeconomia, consolidando a região Leste como um ecossistema de inovação e sustentabilidade.
A combinação entre florestas plantadas, tecnologia de ponta e gestão ambiental exemplar fez do Mato Grosso do Sul um modelo internacional de indústria verde. Hoje, o Estado exporta celulose e conhecimento, com boas práticas ambientais e inspiração, mostrando que é possível crescer de forma responsável e com respeito às futuras gerações.

A pecuária é uma das marcas mais profundas da identidade sul-mato-grossense e continua sendo um dos pilares da economia do Estado. Com um rebanho que ultrapassou 18 milhões de cabeças de gado em 2024, o Mato Grosso do Sul se destaca entre os maiores produtores e exportadores de carne bovina do Brasil, reconhecida pela qualidade, rastreabilidade e sustentabilidade.
De fazendas tradicionais a projetos de genética avançada, o setor pecuário move milhares de famílias, gera empregos e impulsiona a indústria de alimentos, curtumes e biotecnologia. Em todas as regiões — do Pantanal ao Planalto —, a força da pecuária se manifesta não apenas como atividade econômica, mas como símbolo de tradição, trabalho e orgulho do campo sul-mato-grossense.

Comemorações
As comemorações deste aniversário refletem essa pluralidade. Em Campo Grande, o destaque é o MS ao Vivo, no Parque das Nações Indígenas, com Michel Teló como atração principal. O evento é gratuito e também terá shows do grupo Lendas 67 e do DJ Jackson Seballo, celebrando a música sul-mato-grossense.
O dia começa cedo no Bioparque Pantanal, com o tradicional Big Day, evento de observação de aves, e segue com atividades culturais, como a 1ª Bienal do Livro de Mato Grosso do Sul, oficinas, exposições e debates no Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo. Já o Teatro Aracy Balabanian abre as cortinas para o espetáculo infantil “Tin Dô Lê Lê”, com entrada gratuita.
No interior, as comemorações ganham sotaque de festa e tradição. Em Corumbá, a Feapan 2025 encerra sua programação com shows de Maria Cecília & Rodolfo e João Lucas & Walter Filho, reunindo milhares de pessoas na Feira Agropecuária do Pantanal.
Nas cidades, o clima é de orgulho. De Costa Rica a Porto Murtinho, de Paranaíba a Mundo Novo, cada canto do Estado celebra sua identidade. E mesmo passadas quase cinco décadas, a essência que move o Mato Grosso do Sul continua a mesma: a de um povo que acredita, trabalha e transforma.
Mais do que comemorar uma data, o Estado celebra uma trajetória de união e esperança. Porque Mato Grosso do Sul não nasceu da divisão — nasceu da coragem de sonhar com um futuro próprio.
