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Mato Grosso do Sul lidera em número de startups no Centro-Oeste e consolida ambiente fértil para inovação

Foto: cedida/Sebrae MS
Da redação
21/7/2025
às
7:45

Mato Grosso do Sul desponta como protagonista no ecossistema de inovação brasileiro, sendo o estado com o maior número de startups da região Centro-Oeste, segundo dados do Observatório Sebrae Startups. São 595 empresas mapeadas, superando Mato Grosso (525), o Distrito Federal (481) e Goiás (327). No ranking nacional, o estado ocupa a 9ª colocação, atrás apenas de centros mais consolidados como São Paulo, Santa Catarina, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

As startups sul-mato-grossenses estão distribuídas em 34 municípios, com destaque para Aquidauana (32), Dourados (27), Três Lagoas (20), Chapadão do Sul (17) e Bonito (15). Campo Grande segue como principal polo de concentração. De acordo com a gerente do Living Lab do Sebrae/MS, Leandra Costa, o estado reúne condições favoráveis para o surgimento e o amadurecimento de novos negócios, como universidades qualificadas, políticas públicas de estímulo e a atuação em setores estratégicos como ciência, bioeconomia e agro.

“Esse ambiente de inovação é alimentado por fatores diversos, desde a modernização da gestão pública até o acesso facilitado a tecnologias como inteligência artificial e plataformas digitais. Também é importante destacar que 341 startups ainda estão em fase de estruturação, o que mostra um potencial de crescimento expressivo nos próximos anos”, explica Leandra.

Agronegócio puxa a frente

O agronegócio é o principal segmento de atuação das startups sul-mato-grossenses, com 82 empresas em operação. Um exemplo é a PecSense, focada em inteligência em reprodução bovina. A startup surgiu a partir de um projeto universitário e hoje oferece uma solução mais acessível para diagnóstico de prenhez, competindo com equipamentos importados.

Outros setores em destaque são impacto ambiental (61 startups), alimentos e bebidas (57), saúde e bem-estar (56) e TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação), também com 56 empreendimentos. Quando se trata de modelo de receita, a maioria das startups opera por meio de venda direta (256), enquanto 147 atuam no modelo de assinatura (SaaS).

Em relação ao uso de tecnologia, 243 startups já incorporam soluções baseadas em inteligência artificial e machine learning. Há ainda 159 focadas em impacto socioambiental. No entanto, mais da metade ainda não possui faturamento consolidado: 341 estão na fase inicial, enquanto 171 faturam entre R$ 80 mil e R$ 360 mil anuais.

Ecossistema em expansão

Segundo Leandra Costa, a pandemia da Covid-19 acelerou a digitalização dos negócios e transformou a mentalidade empresarial. “Empresas que antes resistiam ao ambiente online migraram e, muitas vezes, se consolidaram totalmente no digital. Esse movimento gerou oportunidades e impulsionou o nascimento de novas soluções”, aponta.

A gestora também destaca a atuação do poder público como fator chave no fortalecimento do setor. Editais específicos, linhas de fomento, mentorias e marcos regulatórios como a Nova Lei de Licitações (Lei 14.133/2021) facilitaram o acesso de startups ao mercado institucional, inclusive via compras públicas.

“O governo começa a enxergar nas startups parceiras ágeis e inovadoras para resolver gargalos históricos da administração pública. É um reconhecimento da capacidade que esses negócios têm de entregar soluções de alto impacto e baixo custo”, conclui.

Recentemente, durante um evento em Campo Grande, o secretário estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Verruck, reforçou o compromisso do governo com o setor e destacou o papel estratégico das startups no futuro da economia sul-mato-grossense.

Com informações do Campo Grande News