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Mato Grosso do Sul registra alta de meio bilhão de reais na arrecadação estadual em 2024

Foto: reprodução/governo de MS
Rogério Potinatti
30/1/2025
às
8:05

Mato Grosso do Sul encerrou 2024 com um crescimento de 2,59% em sua arrecadação estadual, representando um acréscimo de R$ 502,2 milhões em comparação ao ano anterior. Segundo dados do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), a receita total saltou de R$ 19,39 bilhões em 2023 para R$ 19,89 bilhões em 2024. Apesar do desempenho positivo na maior parte do ano, março e novembro registraram quedas pontuais.

O destaque ficou para janeiro, que apresentou o maior crescimento percentual do ano: um salto de 9,83%, passando de R$ 1,97 bilhão para R$ 2,17 bilhões. Fevereiro seguiu a tendência, com alta de 7,27%, enquanto março sofreu uma retração de 5,75%. Após essa queda, o crescimento foi retomado em abril, encerrando o ano com números robustos, apesar da leve queda de 0,12% em novembro.

O ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) continuou sendo a principal fonte de arrecadação, respondendo por 85,22% do total e gerando R$ 16,94 bilhões, um aumento de 3,06% em relação ao ano anterior. Setores como petróleo, combustíveis e lubrificantes lideraram o crescimento do ICMS, com alta de 9,83%, seguidos por energia elétrica, que subiu 8,72%, e indústria, que avançou 8,52%. Por outro lado, o ICMS do setor agropecuário sofreu uma queda expressiva de 19,50%, refletindo desafios enfrentados pelo setor, como oscilações climáticas e no mercado internacional.

Outros tributos também contribuíram para o crescimento da arrecadação, como o IPVA, que registrou alta de 6,54%, totalizando R$ 1,14 bilhão, e o ITCD, que avançou 10,75%. No entanto, houve queda significativa na receita de taxas, que despencaram 62,72%, de R$ 19,35 milhões em 2023 para apenas R$ 7,21 milhões em 2024.

A arrecadação de dívida ativa, que se refere a valores recuperados de inadimplências, também apresentou um resultado impressionante, com um aumento de 36,72%, alcançando R$ 72,62 milhões.

Os números de 2024 refletem a força de setores estratégicos, mas também apontam para desafios que demandam atenção, especialmente no agronegócio, que é um dos pilares da economia sul-mato-grossense.