O Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), lançado em agosto de 2023 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ainda está distante de alcançar a meta estabelecida para Mato Grosso do Sul. Do total de R$ 19,6 bilhões previstos até 2026, apenas R$ 7,6 bilhões foram efetivamente executados, o que representa 38,7% do programado.
O levantamento foi divulgado esta semana, pelo Correio do Estado.
Segundo a Casa Civil, 431 empreendimentos fazem parte da carteira estadual, contemplando 71 dos 79 municípios sul-mato-grossenses. Entre eles, 84 têm execução federal, 74 estadual, 256 municipal e 17 são privados. Até agora, 63 obras já foram concluídas, incluindo projetos habitacionais, rodovias e equipamentos de saúde e educação.
Grandes investimentos concentrados
Os maiores valores já aplicados se concentram em nove empreendimentos, que juntos somam quase metade do total gasto. Entre eles estão duas etapas concluídas do programa Minha Casa, Minha Vida, com investimento superior a R$ 1,2 bilhão, além da manutenção e restauração de rodovias em 2023 e 2024, que custaram cerca de R$ 836 milhões.
Outros projetos de destaque são as usinas termelétricas no interior: UTE Cedro (Paranaíba), UTE Inpasa (Sidrolândia) e UTE Suzano RRP1, que juntas superam R$ 1,1 bilhão. Também aparecem entre os de maior valor as linhas de transmissão Campo Grande 2 e Paraíso 2, com R$ 440 milhões em investimentos.
Obras em andamento até 2030
Embora o ritmo de execução seja lento, o Novo PAC prevê R$ 25,2 bilhões em investimentos no Estado até 2030. Estão em andamento empreendimentos estratégicos, como a concessão da BR-163, estimada em R$ 5,5 bilhões, e a construção de uma usina de etanol em Caarapó, com investimento de R$ 1,38 bilhão.
Outro projeto aguardado é a retomada da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN-3), em Três Lagoas, parada desde 2015. O investimento estimado pela Petrobras é de R$ 3,5 bilhões, com previsão de conclusão até 2028.
Campo Grande na lista
A Capital concentra 55 empreendimentos, com R$ 730 milhões em investimentos previstos. Entre os destaques estão a construção de uma nova maternidade (R$ 153 milhões), a adequação do Fundo de Vale do Rio Anhanduizinho (R$ 150 milhões) e melhorias no Aeroporto Internacional (R$ 213 milhões). Juntas, essas três obras representam mais de 70% dos recursos destinados à cidade.
No cenário nacional, o Novo PAC projeta R$ 1,8 trilhão em investimentos, sendo R$ 1,3 trilhão até 2026 e outros R$ 500 bilhões entre 2027 e 2030.