Publicidade evento Churrascaje 2024

Novo PAC: obras em Porto Murtinho são iniciadas, mas UFN3 e BR-163 continuam indefinidas

Foto: reprodução
Da redação
23/9/2024
às
7:40

Um ano após o anúncio do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC) em Mato Grosso do Sul, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, confirmou nesta sexta-feira o início das obras do complexo aduaneiro e de um trecho de 13 km da BR-267, que conectará a rodovia à ponte sobre o Rio Paraguai, em Porto Murtinho. Essa etapa faz parte da Rota Bioceânica e representa um investimento de R$ 472 milhões financiado pelo governo federal.

A obra, que inclui uma alça suspensa na ponte, havia sido autorizada em dezembro, mas só agora começou de fato, com previsão de conclusão em dois anos. O valor total da construção da ponte, que ultrapassa R$ 500 milhões, está sendo coberto pela hidrelétrica de Itaipu Binacional.

Por outro lado, grandes promessas feitas para Mato Grosso do Sul ainda estão no papel. A conclusão da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III (UFN3), em Três Lagoas, e a repactuação da concessão da BR-163 com a CCR MSVia continuam sem avanços concretos. A UFN3, que está com 80% das obras finalizadas, segue em um impasse, sem previsão de retomada antes de 2025, dependendo das diretrizes do novo Plano Estratégico da Petrobras.

Já no caso da BR-163, o contrato de concessão, que prevê investimentos de R$ 12 bilhões ao longo de 35 anos, ainda aguarda aprovação pelo Tribunal de Contas da União (TCU). A expectativa é que as obras de duplicação, especialmente no trecho entre Nova Alvorada do Sul e Bandeirantes, comecem em 2025, com a inclusão de mais 170 km de terceira faixa para melhorar o tráfego.

Apesar das promessas de R$ 44,7 bilhões em investimentos do Novo PAC para o Estado, apenas 1% dos projetos está em execução. Entre as obras em andamento estão quatro Centros de Artes e Esportes Unificados (CEUs) em Campo Grande, Amambai, Naviraí e Dourados, além de construções na área da saúde.

A demora na execução das promessas tem levantado questionamentos sobre a efetividade do Novo PAC, especialmente em um cenário em que investimentos cruciais para o desenvolvimento de Mato Grosso do Sul seguem sem uma data definida para conclusão.