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PF desmonta esquema milionário de fraudes na saúde pública em operação em MS e SP

Foto: reprodução/PF
Rogério Potinatti
12/8/2025
às
10:00

A Polícia Federal deflagrou, nesta segunda-feira (12), a Operação Rastro Cirúrgico, que investiga um esquema de desvio de recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) envolvendo fraudes em licitações, superfaturamento e contratos administrativos irregulares.

A ação mobilizou equipes em três estados, com o cumprimento de 13 mandados de busca e apreensão — seis em Selvíria (MS), três em Aparecida do Taboado (MS) e quatro em São José do Rio Preto (SP). Além das buscas, foram determinadas medidas como bloqueio de bens e valores, sequestro de patrimônios e afastamento de servidores públicos. O bloqueio financeiro chega a R$ 5 milhões por pessoa ou empresa investigada.

Durante as diligências, a PF apreendeu veículos, armas, motocicletas de alto valor e até pedras preciosas. As investigações apontam indícios de contratos não executados, pagamentos com preços acima do mercado e até serviços médicos e cirurgias pagos mais de uma vez, por meio de registros de preços e contratos com objetos idênticos, vigência simultânea e mesmos contratantes.

Um detalhe que chamou a atenção foi a descoberta de que uma das clínicas contratadas sequer existe fisicamente.

Entre os alvos, está o atual secretário municipal de Saúde de um dos municípios investigados, já afastado do cargo. Os suspeitos também estão proibidos de firmar novos contratos com órgãos públicos em qualquer esfera.

As medidas foram autorizadas pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região, atendendo a pedido conjunto da Polícia Federal, do Ministério Público Federal (MPF) e do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS). O processo tramita no TRF-3 devido ao foro privilegiado de um dos investigados.