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Rota Bioceânica impulsiona integração entre Brasil e Chile em rodada de negócios em Campo Grande

Foto: cedida
Rogério Potinatti
5/9/2025
às
7:50

O governador Eduardo Riedel participou, nesta semana, da abertura da Rodada de Negócios Brasil-Chile 2025, realizada na sede da Fiems (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul), em Campo Grande.

O evento dá continuidade ao Fórum Empresarial Brasil–Chile, promovido em Brasília em abril, e tem como objetivo estreitar relações comerciais, produtivas e logísticas entre os dois países, com foco em novas parcerias estratégicas.

Riedel destacou que a Rota Bioceânica será um divisor de águas nas relações comerciais. Em 2024, Mato Grosso do Sul exportou US$ 210 milhões e importou US$ 197 milhões do Chile.

“Temos um comércio equilibrado, ainda restrito a poucos produtos, mas que com a rota vai avançar. Nosso compromisso é apoiar iniciativas que tragam resultados concretos. Esse projeto é fruto de gerações e se torna cada vez mais real”, afirmou o governador.

Ele também citou a presença de empresas chilenas em grandes projetos no Estado, como a Arauco, que lidera um dos maiores investimentos privados em Inocência, e a Sonda, responsável por estruturar a maior rede de fibra ótica e digitalização de processos de Mato Grosso do Sul.

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, reforçou o impacto regional da Rota Bioceânica:

“Tenho consciência da importância desta rota para o Brasil, Mato Grosso do Sul, Chile e toda a América do Sul. Isso significa milhares de empregos, aumento do PIB e novas oportunidades para os setores empresarial, de serviços e comércio.”

O ministro da Economia, Fomento e Turismo do Chile, Álvaro García, também celebrou o momento:

“Este é um sonho de muitos anos que hoje se converte em ações concretas. Cada encontro gera mais oportunidades de negócios entre os dois países.”

Com cerca de 90 empresas inscritas, a rodada de negócios foi estruturada com reuniões temáticas, mesas de diálogo institucionais e painéis empresariais. As agendas foram organizadas de acordo com os interesses previamente informados pelas companhias, priorizando setores como logística, energias renováveis, mineração, turismo, indústrias de valor agregado e comércio exterior.

As mesas simultâneas contam com intérpretes bilíngues itinerantes, garantindo agilidade na comunicação. Empresas se apresentam, trocam contatos e, em seguida, são direcionadas para novas mesas, conforme as conexões de interesse.

O presidente da Fiems, Sérgio Longen, ressaltou que o Estado vive um momento de expansão e que a rota abrirá portas para mercados da Ásia via Chile.

“Temos um Estado em pleno crescimento e precisamos enfrentar gargalos, como a burocracia, para que a rota bioceânica seja efetiva. É fundamental combater este cenário e garantir que as oportunidades se concretizem”, disse.

A expectativa é de que a Rota Bioceânica consolide Mato Grosso do Sul como elo estratégico do comércio internacional, ampliando a competitividade e a integração produtiva do Estado com países vizinhos.