Mato Grosso do Sul vive um novo capítulo na consolidação de sua vocação para a inovação e o empreendedorismo tecnológico. Com o lançamento do Tecnova 3 MS, o Estado dá um passo decisivo rumo a uma economia ainda mais sustentável, competitiva e baseada no conhecimento.
O programa, que destina R$ 15,4 milhões em recursos não reembolsáveis a 30 micro e pequenas empresas, foi oficialmente iniciado na última sexta-feira (24), em Campo Grande, durante evento que reuniu gestores públicos, empreendedores e pesquisadores.
Representando o secretário Jaime Verruck e o governador Eduardo Riedel, o secretário-executivo de Ciência, Tecnologia e Inovação da Semadesc, Ricardo Senna, destacou a importância estratégica da iniciativa. Também participaram o presidente da Fundect, Márcio Pereira, e o secretário-executivo de Desenvolvimento Econômico Sustentável da Semadesc, Rogério Beretta.
“Vivemos um momento em que o Estado precisa fazer escolhas orçamentárias entre saúde, educação, segurança e tantas outras demandas sociais. Mesmo assim, temos ampliado significativamente os recursos para ciência, tecnologia e inovação, porque acreditamos que é justamente esse investimento que permite avançar em todas as outras áreas. A inovação é o motor que impulsiona a transformação social e econômica”, afirmou Senna.
Com R$ 11 milhões aportados pela Finep e R$ 4,4 milhões do Governo do Estado, o Tecnova 3 MS apoia o desenvolvimento de produtos, serviços e processos inovadores voltados a setores-chave como agronegócio, bioeconomia, biotecnologia, biodiversidade, saúde, energias renováveis e cidades inteligentes. Cada empresa selecionada receberá R$ 510 mil para desenvolver seus projetos ao longo de dois anos.
O secretário destacou ainda dois grandes eixos que exigem inovação contínua: o programa MS Carbono Neutro e a Rota Bioceânica. Para ele, o primeiro simboliza um novo paradigma produtivo, que alia tecnologia limpa, eficiência e sustentabilidade, enquanto o segundo vai além da infraestrutura logística, tornando-se um verdadeiro corredor de desenvolvimento que conecta o Estado ao mercado global.
Senna lembrou que Mato Grosso do Sul vive um momento de prosperidade, com uma das menores taxas de desemprego do país e crescimento acima da média nacional — resultados que, segundo ele, são frutos de uma visão estratégica construída ao longo de anos e consolidada pelo governador Eduardo Riedel.
“O Estado criou uma estrutura sólida, com uma Secretaria Executiva voltada à ciência e inovação, o fortalecimento da Fundect e uma das legislações mais modernas do país. Estamos formando um ambiente fértil para o empreendedorismo inovador”, pontuou.
Ele também ressaltou a importância de aproximar o setor produtivo das universidades e centros de pesquisa, fomentando o surgimento de startups e soluções que atendam às demandas reais da sociedade e disse que o futuro está sendo desenhado dentro das universidades, pois de lá nascem as respostas para os desafios do presente e do amanhã.
Entre as regiões que mais comemoram o avanço do Tecnova 3 MS está a Costa Leste, especialmente o ecossistema de inovação Vale da Celulose, em Três Lagoas — polo de desenvolvimento que vem se destacando nacionalmente pela união entre indústria, pesquisa e empreendedorismo.
Encerrando sua fala, Ricardo Senna reforçou que o Tecnova 3 é uma ferramenta concreta de transformação.
“Queremos ver esses recursos se convertendo em bons projetos, novos produtos, empresas mais competitivas e empregos de qualidade. Inovar é correr riscos, mas é também garantir que o investimento público retorne em benefícios reais para a sociedade”, concluiu.
O anúncio do programa foi recebido com entusiasmo por empresários e lideranças locais, que enxergam no investimento um estímulo direto à criação de novas tecnologias e à diversificação econômica da região.
O programa é uma parceria entre a Fundect, a Semadesc e a Finep, vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, e inclui suporte técnico, mentorias e metodologias de aceleração e internacionalização, fortalecendo ainda mais a posição de Mato Grosso do Sul como um dos principais polos de inovação do país.
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